segunda-feira, maio 30

Pausa para o Centésimo Post!

Ao abrir o Caminhando e Contando eu percebi um detalhe que fiquei surpresa!

Este é o Centésimo post! Uips!

Para comemorar, vamos ver aguns vídeos interessantes que eu vi no youtube? 

Eu estava de castigo em casa, molho total. Estava em crise novamente da coluna. Mas ô, desta fez eu não fiz trela, não tá? 
Não fui para hospital, não fui ao curso.. Não fiz nada! Fiquei de "florzôr". Meus queridinhos pezinhos não viram a rua desde a quarta-feira que eu acordei travadinha.

Até o marido que sempre acorda cedinho para me levar ao hospital me perguntou:
Ué, hoje não foi contar histórias?
Não, respondi.
"Deu bolo" nas suas crianças? Quem vai contar histórias para elas?

Pois é, faltei meu compromisso de ir contar histórias na última sexta-feira. Snif snif.

Procurando ver o lado bom das coisas...
Aproveitei o "descanso" forçado e  viajei pela blogsfera. Encontrei cada coisa legal!  Sorri demais e lógico que quero compartilhar estes momentos contigo. 










 

E aí, o que você achou? Como incentivar a leitura desde pequenino? Gostaria de saber da sua opinião! Vamos conversar?

Até a próxima!
Elaine Cunha

sexta-feira, maio 27

Uma Historinha por Dia!





Conheci a Dadá pelo Facebook e me apaixonei pelo seu lindo blog: o "Uma Historinha por dia" . Acompanho todo os dias as histórias que a Dadá escreve especialmente para seu espaço.

No começo do mês, Dadá fez um concurso " Eu quero ganhar o livro infantil do João Ubaldo Ribeiro!" Para participar, tinha que escrever o décimo primeiro conselho que daria ao filho (em referência ao livro cujo título é "Dez bons conselhos de meu pai"). Meu conselho foi "LEIA MUITO". E ele ficou na lista dos cincos conselhos que iriam a voto popular! Assim, começou minha propaganda! 

Pedi aos amigos via facebook para votarem em mim. Já que o conselho mais votado levaria o prêmio. E o que você acha? Com uma força-tarefa dos amigos, meu conselho foi o mais votado e ganhei o livro! Uips! Fiquei mega feliz!

Meu livro chegou na última quarta-feira. Recebi a encomenda. Abri com todo cuidado. O livro estava embrulhado com papel de presente e até com bilhetinho dentro tinha. Olha só quanto capricho! 


E ontem, Dadá escreveu no seu blog sobre mim. Ela me emocionou. Quer ler o que ela escreveu? Clica aqui. 

Como é bom encontar pessoas do bem por aí! Como é bom (re)conhecer amigos! Juntos pelo amor a leitura! Juntos pelo amor às crianças!

Caso você não conheça o blog da Dadá. Tá esperando o que? Corre lá! Você irá ter histórias criadas por ela todos os dias! É uma gostosura!


Até a próxima!
Elaine Cunha


quarta-feira, maio 25

Nasceu uma Princesa!



Eu estava com saudades de te contar sobre minhas visitas ao hospital, você estava também?

E quando é dia de contar histórias no hospital, meu dia já começa assim:
"Eu vou , eu vou
CONTAR HISTÓRIAS agora eu vou
Parara timbum
Parara timbum
Eu vou, eu vou"
Eu sempre começo assim: cantando, sonhando, sintonizando  com o mundo encantando. Preparando meu EU criança! Com minha sacola mágica, recheada de  livros... segui. 

A cada visita, normalmente, encontro novas crianças. Se você perguntar a cada contador de histórias, sempre terá alguma criança que deixa sua marca  pessoal. Seja por brincar, cantar, ouvir, contar novas histórias e por que não, por nos encantar? Quem disse que não aprendemos com ela?

Na última visita, eu me encantei com a Tamires, 8 anos. Quando entramos (Cris, Márcia e Eu) no quarto, encontramos a doce menina deitada, junto com sua mãe ao lado da sua cama. Ao nos identificarmos, a Tamires foi logo conversando. Falou que a namorada do pai do Gustavo (menino que ela dividia o quarto) também tem o mesmo nome que o meu! Uma graça! Falando mais do que o "homem da cobra".

As histórias já começaram quando eu falei que minha bolsa  era mágica. "Como assim mágica?" Ela logo perguntou. Eu respondi que foi minha mãe quem a fez para mim, e ao pintar as flores, o coração, ela colocou magia nela. (Mãe, virasse mágica!) E eu tinha um livro super especial lá dentro da sacola. 

Adivinha qual eu peguei? "A Escola Mágica".A surpresa da descoberta das páginas primeiramente em branco, transformadas em páginas preto e branco e depois em coloridas, tudo por palavras mágicas ditas por ela, foi maravilhoso.

Eu embarquei na fantasia desta linda menina. Sempre brinco dizendo que o livro esta carregado de mágica e precisa ficar em branco de novo para não "comer" as letras dos outros na sacola mágica. Ah, qual criança resiste? Logo jogamos mais mágica para o livro voltar a ser branco, como no inicio. Devolvi o livro à sacola e peguei outro para ela ver que o livro estava com letras e figuras. 

Como a Tamires falou que gostava de princesa, escolhi o livro "Até as princesas soltam pum". Quem leu a história para ela foi a Cris. Lembra que eu comprei meu kit princesa lá na 25 de março inspirada pelo casamento real? Para manter o clima das princesas, colocamos nela a tiara. A varinha ficou comigo. 

Como é  gratificante ver o brilho do olhar da criança. Ela, que até então estava deitada na cama, quis se levantar, ficou sentadinha. Animou-se. Quis se ver no espelho com a tiara. Na falta de espelho, meu celular virou um. Ela sorriu!

A história deste livro fala de um segredo das princesas, elas também soltam pum. E a cada princesa que surgia na história (Branca de Neve, Cinderela, Ariel...), o autor cria uma situação e explica como o "pum" surgia na  vida das princesas. Para saber se ela conhecia aquela princesa, perguntávamos como era a história. Ela sabia todas as histórias e narrava com detalhes para nós.

Em um determinando momento, entrou uma enfermeira no quarto. Ela elogiou nossa pequena princesa pois estava com tiara e cetro (varinha virou o cetro). Entrou no mundo do faz de conta, também falou que era uma princesa. "Mas como princesa se você não tem tiara?" Acha que nossa pequena é boba? Para se sair desta, a enfermeira falou que ela estava disfarçada. Ela se transformava em enfermeira para cuidar das crianças e não ser assediada. Expandiu o disfarce para  nós, contadoras de histórias. Pronto. Tamires ficou ainda mais encantada conosco. 

Confesso, na última visita me senti privilegiada. Confirmei que o amor muda tudo. O que você acha que aconteceu com o meu kit princesa? Tic-tac tic-tac
Ficou com a linda Princesa Tamires!  Ela que me mostrou como é bom ser criança. Como é bom fantasiar e vivenciar a história. Tenho certeza que ela melhorou depois disto. Como sei? Sinto, profundamente dentro de mim!

Ah, saimos daquele quarto com um pedido que ficou como eco dentro de mim:

"Não conta por aí que sou princesa tá. É nosso segredo!!"

Agora, me conta, é ou não é um presente de Deus que ganhamos a cada visita? Preciso voltar na 25 de março para comprar mais kits. Quer ir comigo?

"As mais lindas coisas da vida, não podem ser vistas nem tocadas mas sim sentidas pelo coração."

Até a próxima!
Elaine Cunha



Imagens: google.com

terça-feira, maio 24

Solidariedade: Eu ajudo e você?


Você que me acompanha por aqui no Caminhando e Contando,sabe que nesta minha caminhada na arte de contar histórias, conheci várias pessoas. Uma dela é a Marília Tresca, também contadora do Viva. Esta semana recebi este email que publico na integra para divulgar esta iniciativa muito bonita de solidariedade. De amor ao próximo!

Quem puder comparecer aos eventos,tenho certeza que será dia maravilhoso.
Agradeço a todos que puderem ajudar. Seja comparecendo, seja escrevendo cartas,depositando qualquer quantia ou até mesmo, divulgando este post nas redes sociais!
Obrigada de coração! 

 Vamos ao e-mail da Marília?
"Queridos,
No dia 15 de março de 2011, nossos amigos da Cia Xekmat, (Responsáveis pelos Encontros Nacionais e Regionais de Contadores de Histórias de Santa Bárbara D’Oeste- SP) Amauri, Renata e Roberto, sofreram um grave acidente de carro. Quase morreram e ficaram muito machucados.

Foram tantas orações, tantos pedidos pela recuperação deles, que Deus em sua infinita bondade nos atendeu, e agora eles estão se recuperando devagar.

Infelizmente, nesse momento, eles passam por muitas dificuldades financeiras, pois o carro que era instrumento de trabalho, teve perda total.

O Roberto fraturou as costelas e teve perfuração no pulmão, ainda não pode trabalhar por conta das dores e da movimentação prejudicada.


O Amauri, perdeu um rim, machucou o braço direito que foi operado, mas ainda não recuperou o movimento da mão.

A Renata fraturou a perna, e apesar de já ter tirado o gesso, se locomove de muletas.

Conclusão : Não podem trabalhar e ganhar o dinheiro para honrar os compromissos (aluguel da casa em que moram, aluguel da Casa Encantada, e todos os gastos com remédios, alimentação, luz, água, etc.)

Enquanto isso, eles lutam pela recuperação da saúde, para voltarem à ativa, a fim de com o trabalho maravilhoso que fazem na área do teatro, das oficinas e da contação de histórias, poderem se sustentar.

Nós que fomos conquistados pelo talento, pela generosidade, pela amizade deles, pensamos em algumas formas para ajudá-los, e gostaríamos de contar com vocês para engrossar esta corrente do bem.

Abaixo algumas ações que serão feitas em benefício dos nossos amigos. Se você quiser e puder participe !

1ª) Meu Aniversário
Queridos amigos !
Quero convidá-los para a festa do meu aniversário, que será dia18 de junho a partir das 14h, no salão de festas do Edifício Marina IV, rua Basílio da Cunha, 1115 - Aclimação - São Paulo.
 
Será um aniversário diferente, com o objetivo de arrecadar fundos para ajudar os nossos amigos Amauri, Renata e Roberto da cidade de Santa Bárbara D'Oeste.  Mais do que ajudá-los financeiramente, quero reunir todos os amigos contadores de histórias que os conhecem ou não para homenageá-los e demonstrar a eles todo nosso apreço e nossa força para que eles se recuperem, física, financeira e psicologicamente o mais breve possível a fim de continuarem a maravilhosa missão/trabalho de congregar os contadores de histórias deste Brasil, perpetuando essa arte encantadora.
 
Por tudo isso resolvi fazer minha festa de aniversário, com um sarau de histórias e bingo.  
Para isso, estou pedindo a colaboração de todos que aceitarem meu convite, trazendo ao invés de presente, uma prenda para ser sorteada no bingo. Além disso um prato de doce ou salgado. A pipoca e o refrigerante ficarão por minha conta. O aniversário vai ter cara de festa junina, por isso podem vir com roupas confortáveis.
Vamos fazer contação de histórias (tragam a sua) e no final de cada apresentação perguntaremos quanto vale o show e passaremos o chapéu para arrecadar as contribuições que serão enviadas aos nossos amigos de SBO.  
Além disso, haverá também uma feirinha de livros usados. (Quem quiser pode doar os seus).
Enfim, vocês me farão muito feliz se aceitarem o meu convite e o meu maior presente será poder  junto com todos ajudar um pouquinho nossos amigos.
Por favor, confirmem a presença por este e-mail ou telefone :
(11) 9801-4740
Minha gratidão e meu carinho,
 Marilia Tresca

2ª) Curso de Contação de Histórias
Caminhando, Cantando e Contando Histórias...
Curso de Técnicas para Contar Histórias

Orientação: Marilia Tresca - professora de Artes e Contadora de Histórias
Carga horária: 4 horas / com certificado
Data: 18/06/2011 (sábado)
Horário: das 8h30 às 12h30
Local: Rua Basílio da Cunha, 1115 – Aclimação – São Paulo - SP
Investimento: R$ 50,00
Depositados no Itaú - agência 6681 conta 02204-9 em nome de Marilia Tresca Silva Telles de Mello
Inscrições: por e-mail: mariliatresca@gmail.com.br (enviar ficha de inscrição preenchida)
Ou por telefone (11) 9801-4740
Total de vagas: 15
Não há necessidade de pré-requisitos
Curso totalmente prático

FICHA DE INSCRIÇÃO - Curso dia 18/06/2011 (sábado)

Nome -
Endereço -
Telefone -
e-mail -
Idade -
Atividade exercida -
Como tomou conhecimento do curso ?
Qual o objetivo em fazer o curso ?
 

3ª) Carta ou e-mail ao Programa do Gugu – “Sonhar mais um sonho”
http://entretenimento.r7.com/programa-do-gugu/quadros/inscricao-4.html
Preencha a ficha de inscrição em seu nome, mas na hora de contar a história, diga que é para a Cia Xekmat de Santa Bárbara D’ Oeste – SP
Peça para o Gugu realizar o sonho de construir uma nova Casa Encantada ou comprar a que eles alugam lá em Santa Bárbara. Contar sobre o acidente que aconteceu com eles e como são talentosos e queridos pelas pessoas de todo o Brasil.
Se todos nós enviarmos o e-mail, as chances deles serem escolhidos para ter o sonho realizado será maior.

4º) Depósito de qualquer valor na conta corrente e envio de e-mail para incentivar a recuperação de todos.
Amauri Gonçalves de Oliveira
Banco Bradesco
Agencia 520
Conta 1001983-4
e-mail: amauri_xekmat@yahoo.com.br
.........................................................................................................................................................

Todo o dinheiro arrecadado, (exceto o que for depositado diretamente na conta corrente) junto com todas as cartas e mensagens serão entregues a eles por nós pessoalmente, em data ainda a ser marcada. Todos que participarem estão convidados a nos acompanharem para esta entrega.
Tenho certeza que com a força do grupo, conseguiremos muito!
Agradeço imensamente pela sua adesão e peço-lhe que me responda por este e-mail: mariliatresca@gmail.com
Meu carinho,
Marilia Tresca

Abraços fraternos 
Elaine Cunha

segunda-feira, maio 23

Um convite especial


Arlete e Eu
Semana passada eu recebi um convite super especial da Arlete, a cabeça de chave (a líder dos contadores) no hospital que atuo, para participar de edição anual do "Café da Manhã" da associação. Neste encontro estavam presentes voluntários contadores de histórias, profissionais de saúde, representantes de hospitais, patrocinadores e funcionários. 

Foi uma manhã maravilhosa. Cheinha de possibilidades. Reencontrei alguns contadores que já fazem parte da minha história. Conheci pessoas bacanas. Pessoas que fazem diferença no ambiente hospitalar. 



Fui supreendida algumas vezes. Olha só! A foto de um dos momentos mais marcantes no ano passado: minha formatura como contadora de histórias. Olha eu aí gente, segurando o cartaz do hospital Cotoxó. 
Ah, bateu uma saudade quando eu vi a foto...


Fui procurar a  foto dos formandos do hospital que estou agora, o Darcy Vargas. Agora sou contadora do Darcy Vargas, minha nova casa de contar historias. (Você sabe porque eu troquei de hospital? Não? Acessa aqui).   


Singela e profundamente marcante, pelo menos para mim, ver as fotos dos formandos do último processo seletivo dos voluntários. Os representantes dos hospitais ganharam este porta-retrato com os "seus" voluntários. Os porta-retratos estavam espalhados pelas mesas. Para serem vistos e para serem admirados, por que não?




Tivemos a contadora Dora Estevez que nos presenteou com uma história lindíssima: "A Caixa de Pandora". Um dos momentos mais bonitos foi quando ela entregou algumas pedras verdes aos ouvintes. As pedras representavam a Esperança. Para se lembrarem que a esperança existe. Por mais difícil que possa aparecer, a esperança existe e está dentro de nós. 


Foi assim, que a contadora terminou a histórias. Entregando a cada um a sua porção de esperança e fazendo uma referência ao trabalho voluntário nos hospitais. Que é esta esperança que cada voluntário tenta repasar aos que cruzam nosso caminho pelos lugares que passamos. Que esta esperança não devemos esquecer, nunca devemos deixar morrer.

Que tal ouvir a história?

 

Tivemos também o Valdir Cimino, fundador do Viva , que apresentou a pesquisa sobre o perfil do voluntário do Viva, abordando suas principais características. Mostrou os resultados da pesquisa dos Fóruns de Humanização realizada em 2010. E ainda convidou a todos para o IV Workshop que ocorrerá no final do mês.

Ainda ganhei um mimo da Arlete. Minha boneca tem até óculos! Ah, vai para o meu avental. Ficará uma graça! 



Que tal mais fotos para você, querido leitor. 
Vamos lá?!

"A Esperança"

Atentos a história
Dora em ação

Arlete e eu nos abraçando


E para finalizar, um presente do Viva para todos nós. Hum... Estava muito gostoso!





Eita manhã gostosa! Ouvi história, revi alguns amigos, conheci mais da associação. Como é bom confraternizar! 


Até a próxima!
 Elaine Cunha




P.S.:
Aline, olha a minha bolsa aqui. Tão linda! Engraçado que chama realmente atenção. Levei a minha bolsa para passear por aí comigo, e ao voltar para casa, no metrô fui abordada por uma senhora. Ela queria saber como eu consegui ser contadora de histórias. Confesso que minhas bochechas ruborizaram com tantos olhares. Bobinha, eu! #prontofalei

quinta-feira, maio 19

Ubuntu para você!


UBUNTU
 
 A jornalista e filósofa Lia Diskin, no Festival Mundial da Paz, em Floripa (2006), nos presenteou com um caso de uma tribo na África chamada Ubuntu.

Ela  contou que um antropólogo estava estudando os usos e costumes da tribo e, quando  terminou seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o levaria até o aeroporto de volta pra casa. Sobrava muito tempo, mas ele não queria catequizar os membros da tribo; então, propôs uma brincadeira pras crianças, que achou ser inofensiva.

Comprou uma porção de doces e guloseimas na cidade, botou tudo num cesto bem bonito com laço de fita e tudo e colocou debaixo de uma árvore. Aí ele  chamou as crianças e combinou que quando ele dissesse "já!", elas deveriam sair  correndo  até o cesto, e a que chegasse primeiro ganharia todos os doces que estavam lá dentro.

As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse "Já!", instantaneamente todas  as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore com o cesto.  Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem felizes.

O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou porque elas tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces.

Elas simplesmente responderam: "Ubuntu, tio. Como uma de nós  poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?"
 
Ele ficou desconsertado! Meses e meses trabalhando nisso, estudando a tribo, e ainda  não havia compreendido, de verdade, a essência daquele povo. Ou jamais teria proposto uma competição, certo?

Ubuntu significa: "Sou quem sou, porque somos todos nós!"


Recebi esta mensagem pela Maria Isabel, contadora de histórias, que faz curso comigo na biblioteca Hans. 

Fiquei querendo saber mais, entender/conhecer sobre quem escreveu esta história, e "dei um google" para ver o que encontrava na blogosfera. E achei um artigo publicado na Revista do Instituto Humanitas Unisinos no último mês de dezembro. Começava assim:
"Sou porque nós somos”: em uma frase, esse seria o resumo da ética ubuntu. Porém, é na construção histórica e cultural dessa ética que nasce na África, que se encontra a sua riqueza. Para o filósofo e teólogo congolês Bas’Ilele Malomalo, toda existência é sagrada para os africanos, ou seja, há um pouco do divino em tudo o que existe. Por isso, “o ubuntu retrata a cosmovisão do mundo negro-africano”. 
É por isso que o suposto antropocentrismo que poderia estar por trás do ubuntu é “relativista”, segundo Malomalo, nesta entrevista concedida por e-mail à IHU On-Line. “O ser humano africano sabe que nem tudo depende da sua vontade”, afirma. “Esta depende também da vontade dos ancestrais, dos orixás”, em suma, do sagrado.

Por outro lado, ubuntu e felicidade são conceitos que andam juntos: “Na África, a felicidade é concebida como aquilo que faz bem a toda coletividade ou ao outro”. E quem é o meu “outro”? “São meus orixás, ancestrais, minha família, minha aldeia, os elementos não humanos e não divinos, como a nossa roça, nossos rios, nossas florestas, nossas rochas”. Dessa forma, resume Malomalo, para a filosofia africana, “o ser humano tem uma grande responsabilidade para a manutenção do equilíbrio cósmico”.

Bas’Ilele Malomalo é natural do Congo, África, e possui graduação em Filosofia pelo Grand Seminaire Fraçois Xavier – Filosoficum e em teologia pelo Instituto São Paulo de Estudos Superiores – Itesp. É mestre em ciências da religião pela Universidade Metodista de São Paulo e é doutorando em sociologia pela Universidade Estadual Paulista – Araraquara. Atualmente é pesquisador do Centro dos Estudos das Culturas e Línguas Africanas e da Diáspora Negra da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Cladin-Unesp."
Depois que li o referido texto encontrado, "sou porque somos" me tocou ainda mais profundamente. Esta concepção ética africana desafia o estilo de vida da sociedade contemporânea.

Para os povos de língua bantu, esse termo significa “eu sou porque nós somos”. Essa “filosofia do Nós” pensa a comunidade, em seu sentido mais pleno, como todos os seres do universo. Todos nós somos família.

Fiquei pensando:
Qual o meu papel no mundo?
Qual o meu compromisso com o outro?
Numa época que estamos mais voltados para "Eu quero, eu posso, eu mando e obedece quem tem juízo", o que quero deixar para o outro?
Minha ação concreta muda algo/alguém no mundo?
Se toda ação minha eu deixo uma reação no universo, está sendo a melhor atitude?
Como tenho vivido?
Será que meu foco esta acertado ou esta um pouco embaçado?
Que escolhas eu tenho feito todos os dias? São as mais acertadas?
Estou me relacionando bem comigo e com universo?

Há quem diga que dezembro é um mês diferente. Mês de reflexão, mês de olhar o que você fez  e deixou de fazer. Mês das promessas de final de ano. De lista dos planos para ano novo. Novos planos e objetivos. Quem nunca as fez?
Para mim, este momento de reflexão acontece exatamente quando finda um ciclo de minha vida. É quando eu paro e vejo, o que fiz nestes últimos 365dias. Até perguntei a minha amiga Janaina se eu estaria no meu "inferno astral". Ela sabiamente me respondeu:  
 "Oi Amiga Elaine Cunha !! Não existe Inferno Astral, amiga. Isso é crendice popular. O que pode estar ocorrendo é você, neste período, estar passando por algum ciclo planetário, onde algum planeta transitando no céu "toca" outro no seu mapa ...astral natal, fazendo com que você se sinta assim. Coincidiu com um mês antes do seu aniversário, mas na Astrologia realmente não tem a ver com "Inferno Astral", pois a gente pode passar por períodos negativos ou positivos em todas as fazes da vida e meses do ano, independente de ser 1 mês antes do nosso níver."
Que bom que não existe Inferno Astral. Até porque que nome feinho, hein?

"O mais importante é a mudança, o movimento, 
o dinamismo, a energia. 
Só o que esta morto não muda" 
(Clarice Lispector)

Ubuntu para você!


Para ler a matéria completa, inclusive a entrevista com o Bas´Ilele Molamalo, acesse aqui


Até a próxima!
Elaine Cunha


Imagem: google.com

segunda-feira, maio 16

Nossas Histórias: Maurício Martins

Ser contador de histórias é ter muitas histórias para contar! Não temos apenas as dos livros, temos as nossas próprias histórias. Quer ver? Lê o que o contador Maurício Martins escreveu em seu perfil no Facebook sobre a última visita no hospital.
 “Sabe que a experiência de estar semanalmente no hospital, ao reencontrar as mesmas crianças é um misto de alegria e frustração... feliz por rever alguns rostinhos e contar novas histórias, tirar um sorriso, bater um papo com a mãe. Mas ao mesmo tempo é triste, se a criança está lá novamente ou por mais uma semana significa que as coisas não vão bem, principalmente quando elas aparecem num andar mais acima :(
Tem uma garota linda de 10 anos do interior de São Paulo que havia contado a famosa história das Princesas soltam Pum, há uns 2 meses, a primeira vez apreensiva, com lindos cabelos loiros, edredon das princesas, a mãe e a tia umas simpatias... a encontrei outra vez, outra vez, outra vez... e hoje lá estava ela novamente no andar mais alto, mas não tão feliz, usando uma toquinha que ganhou da avó porque perdeu seu cabelo :(
Minha parceira contou "Qual a cor do amor" e eu fui com "A verdadeira história da Chapeuzinho Vermelho"... tiramos bons sorrisos daquela carinha tão abatida. A perseverança da mãe contagiante... mas valeu!
Isso me faz agradecer muito a Deus a grande, bela e generosa vida que tenho! E que Ele me permita continuar contando muitas histórias para todas aquelas carinhas e caretas... ao menos um pouquinho levar um momento de descontração, distração!”
Mauricio Martins, o “Encantado” 

A cada visita no hospital, a cada  criança encontrada... uma história. 
E fico com sentimento muito vivo dentro do meu ser como faz bem contar histórias. As crianças ganham histórias, nós, contadores de histórias, ganhamos lição de vida! Já pensou nisto?

Até a próxima
Elaine Cunha

sexta-feira, maio 13

Quer ouvir "Histórias da Dona Morte"?

Semana passada, eu recebi email da associação Viva e Deixe Viver divulgando novas oficinas para os voluntários. Fiquei super interessada com o tema:  "Histórias da Dona Morte". Tema, no mínimo, curioso, não é?

Este foi o segundo momento que tive no Viva (carinhosamente eu chamo a associação assim!) de conversar sobre o tema "morte". O primeiro foi durante o processo seletivo onde em que uma das palestras que participei, uma foi "O Processo de Morrer e a Morte". É engraçado como o tema Morte é ainda tabu para muitas pessoas. É falar sobre o tema, tem uma importância ímpar para nós, contadores de histórias voluntários, que lidamos com a morte de tão perto. 

Confesso que não achei que palestra seria tão didática como foi no processo seletivo exatamente pelo estrutura proposta pela oficina. 
"O medo da morte, fenômeno natural, para a grande maioria sempre despertou muito mistério tanto na religião, como na ciência. Diversas são as opiniões e é neste módulo que resgataremos a história de um grande sujeito, que soube transmitir amor, amizade e muita alegria."

Veja o vídeo que recebi como "esquente" da oficina.

Coitadinha da Girafa. Quando finalmente aceitou sua morte...ficou no fundo do poço, literalmente.

Para minha alegria e confirmação de minhas expectativas, a oficina ocorreu como imaginei. Resgatei, lá do meu coração, pessoas queridas que já não estão aqui comigo neste plano. Compartilhei momentos únicos vividos, histórias divertidas e até de traquinagem mesmo. Criança apronta cada uma e lógico que não fui diferente!

Depois de tantas histórias relembradas, que tal criar uma única história? Assim, nasceu o poema "Aqui Jaz". De recordações, de momentos.. cheio de emoção. Produção em conjunta das contadoras de histórias Dora Estevez, Sueli Trindade e Fernanda Kunis (que gravou minha leitura) que apresento a você. 

Sueli, Dora, Fernanda e Eu

Ilustração do poema
Aqui Jaz

Cheiro de Infância
Colo sem igual
Toque essencial
Lembranças sem final

Comidas especiais
Regadas com carinho
Calor de fogão
Com calor do coração

Partidas doloridas
Nem sempre compreendidas
De pessoas tão queridas
Ah, quantas saudades

Mas basta fechar os olhos
Para o encontro realizar
São pessoas eternas e não esquecidas
Que em nossas vidas vamos levar

Mulheres guerreiras, presentes
Cúmplices e amigas
Mães, avós e tias
Mulheres de nossas famílias

Carmens, Olívias
Lourdes e Sandras
Crizaldas e Vitas

Mulheres...
Ah, mulheres
Que em nossas histórias
Vão sempre estar


No final da oficina, percebi que todos nós temos nossas perdas, nossas dores, pessoas que farão parte de nós para sempre.  Cada pessoa lidará com este momento de forma diferente. 

Eis aqui minha fonte de inspiração: minha avó querida, Crizalda! Partiu há alguns anos, mas comigo está todos os dias em meu coração. Saudade é demais. Mas o tempo me ensinou a ter "saudade gostosa". Porque sei que um dia, vamos nos reencontrar! 

Meu papel como contadora em hospital ficou ainda mais firme. Lembro uma frase da Monique Estuque (Terapeuta Ocupacinal) falou no treinamento inicial e guardei no meu coração!

"Nós não podemos dar vida para a pessoa, 
mas damos vida aos dias de vida que restam"

E você, não que fazer uma homenagem a quem você ama e já não está aqui contigo? Será uma honra ler sua história!

Até a próxima!
Elaine Cunha

quarta-feira, maio 11

Fábula, você conhece?

Você sabe o que é uma fábula? Vamos conversar um pouco sobre o tema tão vasto?

Que tal começar pela definição? A palavra Fábula deriva do verbo fabulare (em latim) - "conversar, narrar" ; significa "história, jogo, narrativa, conta, conto",  literalmente "o que é dito".

As fábulas são uma das mais antigas maneiras de se contar uma história.Teve seu início na oralidade, igual aos contos de fadas. Sua estrutura narrativa é identificada facilmente.  São pequenas histórias que ilustram algum vício ou virtude que transmitem um ensinamento, uma lição de moral. São interessantes paras crianças porque ensinam sem que elas percebam que estão sendo ensinadas. Assim fica mais fácil, não fica?

A grande maioria das fábulas são geralmente com animais ou criaturas imaginárias que representam traços de caráter dos seres humanos (seja negativo ou positivo).

Muitos escritores dedicaram-se às fábulas, mas três ficaram mundialmente famosos: o grego Esopo (século VI a.C.), o latino Fedro (15 a.C. - 50 d.C.) e o francês Jean de La Fontaine (1621 - 1695).

Esopo
Você sabia que é atribuído ao Esopo a paternidade da fábula como gênero literário?  Através das histórias ele criticava os valores da sociedade de sua  época, para mostrar o que é certo e o que é errado.  Nos seus textos narrativos, os seus animais falavam, cometiam erros, erão sábios ou tolos, maus ou bons, exatamente como os homens.  O objetivo de Esopo, nas suas fábulas, era mostrar como os seres humanos podiam agir, para o bem ou para o mal. Acredito que assim ele podia falar sobre o que quisesse sem ter censura. Imagina se tivesse na época da ditadura?

Sabe-se também que ele nunca escreveu as suas narrativas, apenas contava ao povo que as apreciava e as recontavam. Suas fábulas foram escritas no papel somente após sua morte. Acredita-se que somente 200 anos depois pelo Fedro.
Fedro

Coube ao Fedro enriquecer muitas fábulas de Esopo. Suas histórias mostram, através da sátira, sua revolta contra as injustiças e o crime. Para ele, “A fábula tem dupla finalidade: entreter e aconselhar.”  Em sua obra prima, Fábulas, ele mostra a vaidade e estupidez das pessoas, atribuindo tais características aos animais. A principal característica do seu modo de escrever eram as rimas, o que facilitava a memorização das histórias.

La Fontaine

La Fontaine é considerado o pai da fábula moderna. Ele seguiu o estilo do Esopo, ensinando através dos animais. Além de reescrever algumas fábulas de Esopo e Fredo, ele escreveu as suas próprias fábulas.

Em 1688 suas primeiras fábulas foram publicada com nome de “Fábulas Escolhidas”. O livro era uma coletânea de 124 fábulas divididas em seis partes. Eu mesma peguei  o volume um lá na Biblioteca Hans. Livro realmente é maravilhoso! Sobre a natureza da fábula ele declarou: “É uma pintura em que podemos encontrar nosso próprio retrato”.

Você deve agora está se perguntando: E no Brasil, como foi?

Com seu projeto de criar uma literatura voltada para as crianças, Monteiro Lobato interessou-se pelas fábulas. Ele escreveu o livro (Fábulas) que reconta algumas fábulas antigas de Esopo, Fedro e La Fontaine, e apresenta outras de sua autoria em formato de prosa. Lobato as reescreve, comenta e até as critica!

Eu fico pensando se existe alguém que não conhece uma fábula. Pode até existir, mas tenho certeza que alguns ensinamentos delas, sabemos. Ah, disso tenho certeza. Quer ver só? Frases como: “Quem ama o feio bonito lhe parece”“Quem desdenha quer comprar”, são alguns exemplos de provérbios originários de fábulas.  ou

Deixo aqui para você três fábulas que eu particulamente gosto muito. Uma de cada fabulista.



A raposa e as uvas por Fedro

Morta de fome, uma raposa foi até um vinhedo sabendo que ia encontrar muita uva. A safra tinha sido excelente. Ao ver a parreira carregada de cachos enormes, a raposa lambeu os beiços. Só que sua alegria durou pouco: por mais que tentasse, não conseguia alcançar as uvas. Por fim, cansada de tantos esforços inúteis, resolveu ir embora, dizendo:
- Por mim, quem quiser essas uvas pode levar. Estão verdes, estão azedas, não me servem. Se alguém me desse essas uvas eu não comeria.

Moral: Desprezar o que não se consegue conquistar é fácil. 

A lebre e a tartaruga por Esopo

A lebre vivia a se gabar de que era o mais veloz de todos os animais. Até o dia em que encontrou a tartaruga.
– Eu tenho certeza de que, se apostarmos uma corrida, serei a vencedora – desafiou a tartaruga.
A lebre caiu na gargalhada.
– Uma corrida? Eu e você? Essa é boa!
– Por acaso você está com medo de perder? – perguntou a tartaruga.
– É mais fácil um leão cacarejar do que eu perder uma corrida para você – respondeu a lebre.
No dia seguinte a raposa foi escolhida para ser a juíza da prova. Bastou dar o sinal da largada para a lebre disparar na frente a toda velocidade. A tartaruga não se abalou e continuou na disputa. A lebre estava tão certa da vitória que resolveu tirar uma soneca.
"Se aquela molenga passar na minha frente, é só correr um pouco que eu a ultrapasso" – pensou.
A lebre dormiu tanto que não percebeu quando a tartaruga, em sua marcha vagarosa e constante, passou. Quando acordou, continuou a correr com ares de vencedora. Mas, para sua surpresa, a tartaruga, que não descansara um só minuto, cruzou a linha de chegada em primeiro lugar.
Desse dia em diante, a lebre tornou-se o alvo das chacotas da floresta.
Quando dizia que era o animal mais veloz, todos lembravam-na de uma certa tartaruga...

Moral: Quem segue devagar e com constância sempre chega na frente.


A cigarra e a Formiga por La Fontaine
Tendo a cigarra, em cantigas,
Folgado todo o verão,
Achou-se em penúria extrema,
Na tormentosa estação.
Não lhe restando migalha
Que trincasse, a tagarela
Foi valer-se da formiga,
Que morava perto dela.
– Amiga – diz a cigarra
– Prometo, à fé de animal,
Pagar-vos, antes de Agosto,
Os juros e o principal.
A formiga nunca empresta,
Nunca dá; por isso, junta.
– No verão, em que lidavas?
– À pedinte, ela pergunta.
Responde a outra: – Eu cantava
Noite e dia, a toda a hora.
– Oh! Bravo! – torna a formiga
– Cantavas? Pois dança agora!

E aí, qual moral desta fábula para você?


Se eu te pedir para me contar uma fábula, qual você escolherá?

Até a próxima!
Elaine Cunha




Imagens: google.com

segunda-feira, maio 9

Vamos sorrir para vida?

Hoje ao abrir meu twitter, a primeira mensagem que li foi da minha prima linda Isabela. Foi assim:  

Veja você também.



"Oferecer um sorriso torna feliz o coração.
Enriquece quem o recebe sem empobrecer quem o doa.
Dura somente um instante, mas sua lembrança permanece por longo tempo.
Ninguém é tão rico a ponto de dispensá-lo, nem tão pobre que não possa doá-lo.
O sorriso gera alegria na família, dá sustento no trabalho e é sinal tangível de amizade.
Um sorriso dá consolo a quem está cansado, renova a coragem nas
provações e é remédio na tristeza.
E se um dia você encontrar que não lhe oferece um sorriso, seja generoso e ofereça-lhe o seu:
Ninguém tem tanta necessidade de um sorriso quanto aquele que não sabe dar."

Nunca subestime a grandeza de um sorriso, o poder de uma palavra, de ouvir, de um elogio sincero e até mesmo um carinho.

Bela, obrigada por sorrir para mim!

Eu ofereço meu sorriso para você!  Uma semana cheia de sorrisos!

Até a próxima!
Elaine Cunha



sexta-feira, maio 6

Um conto de "Dia das Mães"


"A medida do amor é amar sem medida". 
(Sto. Agostinho)

Tá chegando o "Dia das Mães", querido leitor. 

Dia de festejar! Dia de reunir a família para o grande almoço. Dia que as mães nem chegam na cozinha (pelo menos um dia de merecido descanso, não é?) Filhos e/ou maridos cozinham. E para os mais práticos, almoçar num belo lugar gostoso. 

É tão bom festejar assim. Sentindo o calor do amor.

Bom, você bem sabem que moro longe... Bem longe dos familiares. Pois é, mais um dia de festa em família que estou longe de meus...
Longe do olhos, mas pertíssimo do coração! 

Mãe, você bem sabe que ligo logo cedinho. Só espero um pouco pra não te acordar, não é?

Deixo meu carinho especial a você, Mãe, que me acompanha por onde eu vou. Onde nossa distância é apenas física, e nada impede de você está presente em tudo!

Ofereço-te um conto que, sempre que leio, enche o meu coração de amor. 


Um conto de "Dia das Mães"

Uma criança pronta para nascer perguntou a Deus:
- Senhor, ouvi dizer que estarei sendo enviado à terra amanhã... Como vou viver lá, sendo assim tão pequeno e indefeso?
E Deus disse:
- Entre muitos anjos, eu escolhi um especial para você. Estará lhe esperando e tomará conta de você.
- Mas, aqui no Céu, eu não faço nada a não ser cantar e sorrir, o que já é suficiente para que eu seja feliz. Serei feliz lá também?
- Seu anjo cantará e sorrirá para você... a cada dia, a cada instante, você sentirá o amor do seu anjo e será feliz.
- Mas, Senhor, como poderei entender quando falarem comigo, se eu não conheço a língua que as pessoas falam?
- Com muita paciência e carinho, seu anjo lhe ensinará a falar.
- E o que farei quando eu quiser Te falar?
- Seu anjo juntará suas mãos e lhe ensinará a rezar.
- Eu ouvi que na Terra há homens maus. Quem me protegerá?
-Não se preocupe, criança, seu anjo lhe defenderá mesmo que signifique arriscar sua própria vida.
- Mas eu serei sempre triste, porque eu não Te verei mais... 
- Seu anjo sempre lhe falará sobre Mim, lhe ensinará a maneira de vir a Mim, e eu estarei sempre dentro de você.
Nesse momento, havia muita paz no céu, mas as vozes da terra já podiam ser ouvidas. A criança, apressada, pediu suavemente:
- Oh Deus! Se eu estiver a ponto de ir agora, diga-me, por favor, qual o nome do meu anjo.
E Deus respondeu:
- Você chamará seu anjo de MÃE !
(Desconheço o Autor)
Minha Mãe eu chamo de FLOR DO MEU JARDIM!  

E você, como você chama sua mãe? Como seus filhos te chamam?

Feliz seja seu dia, Mães!! Feliz sejam vocês! 

 


Até a próxima!
Elaine Cunha




Imagem: google.com