quarta-feira, junho 29

Nicola, a borboleta de uma asa só


Semana passada, meu exemplar do livro da escritora Mila Viegas chegou. Livro muito lindo e encantador. Assim que eu abri, fui ler. Fiquei apaixonada pela sutileza da história da "Nicola, a borboleta de uma asa só", pela Editora Multifoco.

Eu levei o meu livrinho para o hospital na última visita. Narrei a história para uma criança e sua mãe. Mostrei o autográfo e tudo! Eles amaram a história. Falaram da superação dos limites, amizade e muita persistência - importantes para as crianças que estão hospitalizadas.  Apesar de ser livro infantil, garanto a você, não encanta apenas as crianças!

A Mila Viegas aceitou meu pedido em responder algumas perguntas por email. Vamos ver?

Elaine - Por que você escolheu um livro infantil para ser seu primeiro livro?
Mila - Boa pergunta! Na verdade, "Nicola, a borboleta de uma asa só" não foi o primeiro livro que escrevi, cheguei a publicar sob demanda um romance e uma coletânea de poesias. Até hoje ainda me pergunto os motivos que me levaram a tomar a decisão de enviar o original de um infantil para a editora ao invés de um com temática para adultos. Acredito que essa minha "porção" infantil precisava ser trabalhada de alguma forma, eu precisava me aproximar mais desse universo lúdico, talvez essa tenha sido a melhor maneira que encontrei de compartilhar com as crianças o meu trabalho como escritora. O meu amor pelos livros e pela escrita começou quando eu ainda era bem pequena e o incentivo da minha mãe foi crucial para eu ter me tornado quem eu sou hoje. Fico feliz de ter escolhido um livro infantil para ser o meu primeiro publicado através de uma editora. É uma forma de homenagear a minha própria infância.

Elaine - Como foi o processo criativo da Nicola? Como você começou a escrever? 
Mila - Eu tenho um "caderno de ideias", onde anoto (sempre que possível) frases, nomes e, é lógico, ideias. Quando penso em desenvolver um tema e transformá-lo em estória, me faço perguntas e procuro respondê-las com novas perguntas. Com Nicola foi assim: diversas anotações, pesquisas, questionamentos... Tudo anotado no caderno. Primeiro pensei em uma personagem que apresentasse alguma limitação física. Na anotação original, Nicola era uma mariposa e se chamava Zy. Olha que louco! rs. Então achei que uma borboleta representaria melhor o que eu estava querendo transmitir e guardei a mariposa para uma nova estória. Mas existem muitas espécies de borboletas, qual se encaixaria na minha proposta? Foi aí que decidi usar a Nicolaea schausa - fácil deduzir de onde surgiu o nome Nicola -  que é uma espécie da família Lycaenidae e possui estratégias sofisticadas para escapar dos predadores. Por exemplo, as larvas possuem órgãos que secretam gotículas de um néctar que é bastante apreciado pelas formigas que, por causa disso, a protegem. Tudo isso tem muito a ver com a estória do livro.

Elaine - Vi no livro que você é bióloga, por isso a escolha de uma borboleta para seu personagem central?
Mila - Eu ainda não tinha pensado nisso dessa forma, mas pode ser. Minha porção bióloga me mantem muito conectada com a natureza que é o que eu amo incondicionalmente. Esse amor me inspira muito usar animais ou algum elemento natural em tudo o que escrevo. No caso da borboleta, é muito fácil a gente se apaixonar por um inseto tão bonito, colorido e cheio de significados. A gente se identifica com as suas fases, com seu processo de renascimento, com sua fragilidade e isso, de algum modo, traz uma sensação de esperança, transformação.

Elaine - Qual foi o processo mais difícil na criação do livro?
Mila - Criar a estória não foi difícil, mas deu trabalho. Quando escrevi Nicola não sabia ainda que se tornaria um livro, com ilustrações, mesmo que em alguns momentos eu pensasse em como seria tê-lo impresso. O mais difícil, para mim, foi o processo do original ser aceito por uma editora. Isso demorou, recebi muitos "nãos", mas eu sempre acreditei no potencial do livro. Quando o original foi aprovado, surgiu um novo desafio: Quem faria as ilustrações? Foi aí que conheci a Thaís Leão, artista plástica muito talentosa, que topou dar vida à Nicola. 

Elaine - No lançamento, como você se sentiu?
Mila - Eu me senti feliz. Esperei tanto tempo por isso que quando, finalmente, o dia chegou parecia que eu estava sonhando. Quando peguei "Nicola" nas mãos pela primeira vez senti que tinha cumprido a etapa inicial da minha missão. Minha família estava lá, meus melhores amigos estavam lá e eu não poderia ter tido uma noite mais mágica. 

Elaine - Planos agora após lançamento do livro?
Mila - Claro que sim! Não faz sentido escrever um livro, lançá-lo e acreditar que o trabalho acabou, que tudo é simples assim. Agora surgem novos desafios, um deles é fazer com que a estória da Nicola desperte o interesse de novos leitores. Tenho planos de fazer com que Nicola não "viva" apenas nas páginas de um livro, quero que ela possa interagir com o leitor de outras maneiras.



 




Mila Viegas é bióloga, professora de Ciências e Biologia para o Ensino Fundamental e Médio, e escritora. Atualmente se dedica à literatura, tendo contos e poesias publicados em diversas antologias. É autora do livro infantil "Nicola, a borboleta de uma asa só" e de outras obras ainda inéditas.





Quer conhecer mais da Nicola? Acessa aqui a página no Facebook.
Se você quiser adquirir o seu exemplar, acessa a página da Editora Multifoco. Clica aqui.

Até a próxima!
Elaine Cunha

domingo, junho 26

Carta aberta

Ah, está chegando ao fim o Curso Básico de Formação de Contadores de Histórias lá na biblioteca temática de Contos de Fadas.

Fiz uma carta aos Contadores de Histórias Hans Christian Andersen turma 2011.1

E ficou assim: 





Até a próxima
Elaine Cunha

sexta-feira, junho 24

Hoje é dia de São João!

Mês de junho. Pra mim, é mês de mungunzá (canjica aqui em Sampa), pé-de-moleque, pamonha, canjica (cural) e muito, muito milho cozido e assado na fogueira.

Cresci com a festa junina fazendo parte das celebrações familiares. Quando criança, adorava receber fogos de artifícios de minha avó materna e de meus pais. Adorava brincar com as estrelinhas, peito-de-veia, traque de massa... Falei nordestinês para você? Todos fogos para crianças! Mas o que eu mais gostava mesmo era o vulcão. Até hoje eu gosto! E como eu gostava de participar das festas juninas escolares. Acredito que você tem alguma foto de matuta (o), não tem? Eu tenho sim. Quer ver?




Hoje é um dia muito especial! Hoje é dia de São João! No mês de junho, temos ainda o Santo Antônio (comemorado no dia 13 de junho) e São Pedro (29 de junho). Mas o santo mais popular dos três santos que fazem parte do calendário junino, sem dúvida alguma, é o São João!

A festa é comemorada de formas variadas. Temos quadrilha mas o forró esquenta no nordeste. Existe aquela eterna "briga" de quem tem maior São João do Nordeste: Caruaru (PE) ou Campina Grande (PB)! Até hoje não sei dizer, mas só sei que quem ganha com esta briga boa é a população. Porque tem duas festas maravilhosas para ir. Uma bem pertinho da outra!

Conhece a origem do nome festa junina? A comemoração, como hoje conhecemos, se originou nos países católicos da Europa no século IV e era conhecida como festa joanina, em louvor a São João Batista. A celebração de caráter religioso, em que estão incluídos também São Pedro e Santo Antônio, é resquício da festa da colheita pagã. 

Alguns elementos são bem caraterísticos da festa, como a fogueira. Pelo lado religioso da festa, sabe-se que a fogueira foi acesa por Isabel para avisar a Maria (mãe de Jesus) do nascimento de João Batista. Por isso, costuma ser acesa às 18h, na hora da Ave Maria. Mas também dizem que foi erguida para reverenciar a fertilidade da terra, ganhando, assim,  o poder de espantar as pragas agrícolas.

E os balões? Eles colorem os céus em noite de arraial. Eram usados como  instrumentos de levar os pedidos dos devotos aos céus e a São João. Mas você sabe que soltar balão é pergioso e foi proibido, não é?

Durante as festas juninas tem também as simpatias. Quando criança, eu fiz também, lógico. Bom, a única que deu certo foi a do pingo da vela  num prato branco para saber letra o amado. Você quer conhecer algumas simpatias? Visite aqui.

E para alegrar ainda mais a festa junina. Vamos ouvir um conto de Santo Antonio Casamenteiro, narrado pelo Giba Pedroza?



É... Festa Junina! Sinto falta da alegria, da cidade decorada com banderolas, assistir apresentações das quadrilhas, ver um forrozinho (eu não gosto de dançar!)... Mas a única coisa que não sinto falta, não sinto mesmo, é da fogueira! Andar pela cidade esfumaçada é horrível!

Ah, navegando pelo youtube, não é que encontrei um canal da terrinha maravilhoso. Só forró do bom e do melhor. Confere aqui.

Bom São João a todos!

Até a próxima!
Elaine Cunha

quarta-feira, junho 22

Ah, Babioca!

Se eu te perguntasse uma história que você ouviu e tem paixão por ela,  saberia me responder agora?

A cada dia que se passa tenho certeza que as histórias nos escolhem. É aquela história que te toca tão profundamente que você pensa: "achei A história".

Nesta caminhada no mundo encantado já tive o prazer de ouvir alguns contadores e suas versões do conto narrado. A cada oficina feita, um novo leque de possibilidades se abre. E com ele, na bagagem, novas histórias descobertas. 

Eu lembro que uma das primeiras oficinas que eu fiz no Viva  foi  " Quem conta um conto aumenta um ponto" com a Maria Cecília Ferri. Fui apresentada a história "Babioca, o cavalinho medroso". Eu gostei tanto daquela história que comecei a buscar o meu Babioca. E eu ganhei, presente de aniversário, a minha versão Babioca e seu saquinho mágico! Foram feitos especialmente para mim pela mãos da querida amiga artesã Gilberta Sobreira. Obrigada pelo lindo presente, amiga!

E para ilustrar meu querido Babioca, que tal eu te contar a história dele?  E com você:  

"Babioca, o cavalinho medroso
(escrito e ilustrado por Mary Veen – Editora Orientação Cultural)





Era uma vez, há muito tempo atrás, um cavalinho chamado Babioca. Não havia ninguém tão medroso quanto ele. Tinha medo da noite... e de camundongos! Imaginem o medo de que ele tinha de dragões que cospem fogo!

Desde muito pequenininho, Babioca pertencia a um cavaleiro chamado Dom Fernando II. Dom Fernando era muito valente e todo dia lutava com dragões e salvava princesas. Era um verdadeiro herói. 

Toda manhã, quando Dom Fernando ia cavalgar, Babioca tremia de medo só de pensar que poderia ser escolhido. E suspirava de alívio quando percebia que Dom Fernando selava o outro cavalo, seu amigo.

De noite o outro cavalo tirava onda de valentão, contando suas brigas e aventuras heróicas com os dragões. Babioca, só de ouvir  o amigo contar suas façanhas, ficava com tanto medo que um dia resolveu fugir.
E ele andou, andou, viu novas paisagens, até que, ao passar por uma casa, assustou-se com um camundongo.  Babioca quis correr, mas... as pernas tremiam tanto que não saiu do lugar.

A dona da casa, que era uma feiticeira, ficou com tanta pena de Babioca que resolveu ajudá-lo. Convidou-o para entrar em sua casa e começou a preparar um saquinho cheio de ervas mágicas. Babioca  Já estava escuro quando Babioca prestava a máxima atenção. Assim que aprontou o saquinho, a feiticeira amarrou no pescoço dele. resolveu voltar para casa. Mas, por causa do saquinho mágico, ele havia perdido o medo!

Na manhã seguinte, quando Dom Fernando veio selar o cavalo, teve a maior das surpresas. Lá estava Babioca esperando por ele. Pela primeira vez em sua vida, Babioca foi brigar com os dragões. Babioca nem parecia o mesmo! Corajoso e valente, passou a maior parte do dia enfrentando perigosos dragões que cuspiam fogo para todos os lados... e salvando princesas!

Só quando voltou para casa de noite é que Babioca percebeu que havia perdido o saquinho mágico. Vocês pensam que ele ligou? Não! Já não tinha mais medo de nada! Dom Fernando quando percebeu isso ficou muito feliz! Mas o mais feliz era o Babioca!"

Bem verdade que ainda preciso urgentemente do meu saquinho de ervas aromáticas. Ainda não fiz minhas aulas de habilitados com medo de dirigir... 


Até a próxima!
Elaine Cunha

terça-feira, junho 21

Sua opinião é muito importante!


Hoje eu tenho um pedido especial para você! Tem uma enquete aqui do lado direito do blog e peço que você participe. Ajude-me a entender o que você busca aqui no Caminhando e Contando. 

Basta um click e só. Ah, você pode marcar mais de uma opção, ok?
Se algo não estiver lá registrado nas opções, deixa aqui no comentário o que você deseja ver. 

Tá combinado? Ajude-me a fazer um blog com nossa cara: a sua e a minha! 

Conto com você!

Abraços, 
Elaine Cunha

segunda-feira, junho 20

Objetos viram histórias?

No mundo encantado do contar histórias existe um universo grandioso de possibilidades. Contar histórias com músicas, cantiga de rodas, trava-línguas, fantoches, sombra... e por que não contar histórias com objetos?

Pensando nesta proposta de contar histórias com objetos que eu me inscrevi no curso realizado pelo Centro Cultural São Paulo na semana passada com a Kelly Orasi. Foram três encontros muito bons.

O curso teve como objetivo "explorar as possibilidades de manipulação, significação e resignificação dos objetos cotidianos. Como eles podem contar histórias, assumir "personalidades" e reinventar utilidades? Os encontros são destinados a professores de todos os níveis de ensino e estão divididos em três temas: 1. O objeto - sua carga de significados e sua carga ancestral; 2. Reinventando funcionalidades, criando histórias e personagens; 3. O objeto como expressão de um conceito."

Incluir um objeto na história de uma maneira pensada foi bem diferente. Deparei-me com alguns questionamentos:
- Por que eu quero usar objeto na história? 
- Qual a justificativa dele na cena? 
- Como o objeto entra e sai da história?
- Ele favorece o que quero dizer?
- Será que ele desvia a atenção da história?
- Tento usar objeto como muleta?

Ao pensar neste e mais alguns outros pontos, lembrei-me de uma frase que a Kelly falou no curso:

"O objeto dar o impulso a imaginação. 
E quem completa a história (imagem mental) é quem ouve."

Quer ver como isso é possivel?
Que tal ouvir a história "O Sapo e a Cobra" contada pela a Kelly Orasi no Quintal da Cultura? 

Observa a manipulação, os gestos dos objetos, movimentos. Tá bom! Tá bom! Eu paro de escrever para você ir ao vídeo.


O que você achou da história? Sua opinião é importante para mim!


Durante a oficina, tivemos momentos mágicos. Levamos 5 objetos comuns e 1 objeto que contasse uma história pessoal. Meu objeto escolhido foi ... tic tac tic tac ... Ah, um dos filhotes de york que tenho na versão miniatura!


Em roda, cada participante contou a sua história com aquele objeto. Pude observar a carga significativa tão ampla que cada pessoa dá ao seu objeto. Eu contei como eu ganhei os meus filhotes e a presença importante deles na minha vida. 

Depois juntamos todos os outros objetos e contamos histórias com eles também. A oferta era tanta que foi difícil escolher alguns objetos. Olha aqui: 



Você nem imagina as loucas histórias que surgiram. Eu me senti em um teatro mudo! No começo não podíamos incluir texto, apenas onomatopéias! Só no ultimo dia que incluimos algum texto! Tudo para pensar no que o objeto traz para a história. Suas características, suas formas são sempre dicas da personalidade do personagem.

Quando eu penso na possibilidade de histórias que um único objeto pode me contar... É bom demais! Só precisa colocar poesia!

A Kelly mostrou também um vídeo do espetáculo "Mulheres" onde ela narra histórias com objetos para o público mais grandinho. Um lenço azul vira o famoso personagem "Barba Azul". Talheres se transformam na "Mulher Esqueleto". Ah, os objetos viram personagens na nossa frente. Eu confesso, ao olhar novamente para um lenço azul, eu verei aquele homem mau!

Se tiver tempinho para ver, acessa aqui.

E aqui o grupo inspirado pelo Kelly Orasi!



Até a próxima!
Elaine Cunha

Sorteio lá no Cantinho do Blog

Você tem um blog e quer mudar a carinha dele? 
Que tal participar do sorteio lá no "Cantinho do Blog" da Cris Duarte?






Prêmio: 01 template personalizado para blog do blogger/blogspot ao gosto da Vencedora ( seguindo os modelos que eu uso) + Arte Cartão de Visitas + Arte Tag +Marca Dágua + Assinatura de E-mail + Folder
Digital para E-mail Marketing.


E ai, tá esperando o que?

Até a próxima!
Elaine Cunha

sexta-feira, junho 17

Aniversariar é...



"Aniversariar é um presente de Deus,
é o universo a favor de nós.
São pessoas amigas e familiares
nos abraçando nos dando um
presente com um sorriso, um olhar
nos presenteando com belas palavras.
e gestos de carinho.

Aniversariar é a benção da vida
que os anos nos concede,
cada velinha acesa é símbolo
de mais uma luz acesa em nossa vida.

Aniversariar é ter alegria em todos os anos.
Parentes, amigos, saúde e  paz....
Eu me desejo um feliz aniversário:
pode ser estranho, mas porque não?!

Desejo que Deus esteja sempre presente
em minha vida, que eu jamais perca a fé.
que Ele esteja aqui ao meu lado
neste e outros aniversários,
se me permitir,
e mais um aniversário assistir.

Aniversariar é o sonho, o desejo a se concretizar.
Desejo de continuar aprendendo, vivendo, amando
crescendo, me corrigindo, acertando e errando.
Aproveitar as oportunidades que bate a porta.
Desejo neste e outros aniversários,
sempre acordar assim:
me sentindo especial, com um sorriso no rosto.
Transmitindo não só para as pessoas,
mas para mim....a energia de adquirir
mais um ano de novas conquistas
e novas oportunidades.

Aniversariar é compartilhar com todos
a alegria não de ficar mais velhinho,
mas de ter vencido mais uma batalha
a batalha da vida das conquistas
da benção vivida.

Aniversariar
é esperar
outro aniversário que estar para chegar.
Feliz aniversário pra minha pessoa.
Que os Anjos digam amém 
em todos os outros anos.

Que Deus me permita ter sempre
inspiração para mostrar as pessoas e  amigos
meus sentimentos e emoções.
Parabéns para mim nesse dia grandioso."
 (A.C.Márcia.s.Martins)



Amigos... amigos presentes, amigos ausentes... cada pessoa tem uma parcela na construção do meu EU! Cada pessoa que passa por minha vida deixa algo e também leva algo de mim. Saiba que você faz parte de minha história, de minha lembrança, do meu presente e do futuro. Como é bom ter você por aqui!

Abraços fraternos!
Elaine Cunha



P.S.:Linda mensagem que encontrei aqui

terça-feira, junho 14

Histórias e mais histórias


Quando vai chegando o final de semana, meus dias ficam muitos agitados.  E com comemoração chegando então? Um corre-corre daqueles!  Tudo porque o Dia dos Namorados estava batendo na porta e quantas "ofertas" espalhadas pela cidade, não foi?

A minha comemoração começou já na quinta-feira. Separei alguns livros para minha sacola mágica. Na sexta, as crianças no hospital ouviram apenas histórias de amor. Eu estava inspirada! Priorizei a história "A Princesa Tiana e o Sapo Gazé que escrevi aqui no Caminhando e Contando para você. Levei também "Pedro e Tina", uma linda história de amizade. E alguns contos de fadas. Tudo iria depender da escolha do meu cliente, ops, da criança.

Entrei num quarto com uma mocinha de 15 anos e um menino com 6 anos. Contei "A Princesa Tiana...". Quando chegou na parte em que o sapo Gazé escondia o seu estilo "Don Juan", eu perguntei se ele sabia quem era. Como disse que não conhecia, eu falei que era um homem paquerador, que lançava seu melhor olhar 43 (baixei meus óculos, olhei diretamente nos olhos dele e fiz um olhar paquerador) e assim, conquistava as mulheres.

Criança é demais! Você não tem nem idéia do que ele fez! Deitado na cama, falou: "Como aquele da novela das 7 que o homem faz assim , né?" Ele estava dançando com os pés na cama. Eu fiquei sem entender, mas insisti em saber. Perguntei nome do personagem. Ele não sabia. Mas dançou com os pés de novo na cama. Até que, depois de muita dança descobri de quem ele estava falando. Você já sabe também? Vitor Valetim, lógico! (Personagem interpretado pelo Murilo Benício, na novela global Ti Ti Ti) Que doce interferência!


A Cristiana (minha companheira de contação de histórias) contou também uma belissíma história, "O Par de Sapatos", do livro "Os Contos da Rua Broca". É um livro que esta na minha lista dos desejos. Nele tem loucas e divertidas histórias criadas por crianças e o autor Pierre Gripari, todos moradores desta rua em Paris, na França. Você conhece esta história? A história narra o amor entre um par de sapato, A Tina e o Nicolau, e suas peripécias para darem seus beijinhos.

No sábado, no curso lá na Biblioteca Hans, o Giba Pedroza nos deu como presente de namorados, a alegria de ouvir esta encantadora história.



Para celebrar o amor com maridão, eu dei ao maridão o livro "Alecrim dourado e outros cheirinhos de amor", do Giba e da Lenice Gomes. No prefácio tem uma definição poética do livro que "traz quadrinhas para os leitores se encantar, enredar-se, envolver-se (...),  em que os versos têm cheiro e cores, alma, surpresas, lembranças de moços enamorados das meninas, cantando com os olhos no chão." Livro muito caprichado e ilustrações belas. Eu viajei em cada estrofe, em cada momento da história. 


E você que as comemorações acabaram? Na na ni na não! 

A Dadá, do blog "Uma Historinha por Dia" lançou um desafio. Ela pediu para escrever uma história de amor num concurso. Eu escrevi a minha.  E foi assim:

Ah, o amor. É engraçado como encontramos nossa cara-metade em momentos tão inesperados. Eu encontrei, ou melhor, cai em cima do meu príncipe. Cena digna de um conto de fadas. Quer saber como foi?

Lá estava eu numa biblioteca fazendo pesquisa de trabalho escolar. Antes de ir embora, precisava guardar os livros na estante. Ao levantar da cadeira e devolver o livro, não vi um rapazinho que estava agachado ao meu lado esquerdo. Ops! Tropecei! Cai por cima dele. Minhas bochechas ruborizaram na hora! Sai correndo da sala, fiz pior que Cinderela ao ouvir as dozes badaladas. Nem olhei para trás! Pedido de desculpas? Nem pensar!

Na mesma semana, ao sair da aula do inglês, tive o prazer de (re)encontrar aquele rapaz. Lá vinha ele descendo as escadas vindo em minha direção. De longe, ele olhou para mim. Meu olhar se encontrou com o dele. Eu, uma mocinha, tímida ao extremo, com livros agarrados contra o peito, e com coração quase pulando pela boca. Sabia que ele iria me abordar. Ele se aproximou de mim, e gentilmente me perguntou se eu havia estado na biblioteca naquele fatídico dia. Pronto, agora não tem mais como negar – pensei. Naquele momento éramos três pessoas: ele, eu e a vergonha. Como foi difícil nosso primeiro encontro! Inesquecível!

Confesso, até hoje quando nos lembramos desta aventura, rimos um bocado. Estamos juntos há 16 anos e (re)afirmo: Tropeçar é a melhor maneira de encontrar o príncipe encantando!

Passa no blog da Dadá, lê as outras e comenta qual a sua preferida! Tenho certeza que você  gostará de todas, mas só pode escolher uma para o prêmio, tá? A minha também esta lá! Se quiser votar, acessa aqui

E assim, eu terminei a minha comemoração do dia 12 de junho, dia dos namorados. Mas, ô, não precisa esperar o próximo ano para dizer a quem você o quanto é especial em sua vida! Afinal, amor é para ser vivido todos os dias não é?

E você, já encontrou seu príncipe ou princesa? Quer me contar como foi? Adoraria saber também! Compartilha comigo vai?! Um pedido assim, você resiste?

Até a próxima!
Elaine Cunha

quinta-feira, junho 9

" A Princesa Tiana e o Sapo Gazé"

Tá chegando o "Dia dos Namorados". Pensando nisso, separei hoje algumas histórias apaixonadas para levar na minha sacola mágica! Entre elas, o livro 
"A Princesa Tiana e o Sapo Gazé", publicado pela editora Brinque-book.

Na história, o autor Márcio Vassalo reinventa uma versão de história já conhecida por nós. Uma história leve e bem interessante, o autor diverte e surpreende como final da história. Na narrativa, os personagens tão comuns em contos de fadas mas ao mesmo tempo, pela linguagem do texto, ficou tão moderno. Observa bem as expressões que ele usa? 

E aí, quer ler a história? Vamos lá?

Para celebrar o amor...



 " A Princesa Tiana e o Sapo Gazé"


"Tiana estava cansada daquela história. Todos os dias, uma fila de príncipes se formava na porta do castelo. Vinham dos reinos mais distantes, com o mesmo sonho: ser escolhido por ela. Eles de candidatavam ao coração da princesa. Chegavam em cavalos conversíveis, muitos deles montados na grana. Eram bonitos, mas nenhum se tornava infinito. Alguma coisa incomodava Tiana. E ela não sabia o que era.

Por outro lado, alguns candidatos vinham a pé, fazendo serenata. Mas a música era chata. Havia os valentões, que se exibiam com suas espadas de fogo e corpos musculosos. Outros eram poetas, sabiam dizer belas palavras. Mas nem só de músculo e palavra vive uma mulher. Por isso, nem os grandes heróis nem os melhores versos conquistavam Tiana. A princesa estava inquieta. À noite, ela virava de um lado para o outro na cama. E não adiantava ela apagar a luz para dormir, porque seus olhos ficavam brilhando no escuro. Feito dois vaga-lumes acrobatas. Duas estrelas-do-mar. Verdes de fome. 
Mas afinal, do que a princesa tinha fome? Comida não faltava no castelo. Pelo contrário. Tiana comia do bom e do melhor. Só para ela, havia dois cozinheiros de plantão. De madrugada, se ela sentisse vontade de comer pizza de maçã, sanduíche de peperoni com batata frita ou jambo com marshmallow,  os cozinheiros davam um jeito de atendê-la. A princesa tinha tudo o que desejava. Mas a fome continuava. Era uma fome esquisita aquela. A princesa estava faminta. De noite e de dia. Com um sonho roncando na barriga. Faminta de magia.

As vezes, Tiana se apaixonava por algum príncipe. Mas mesmo ela apaixonada, ela não ficava feliz. A inquietude ainda perturbava seu sono. E a princesa continuava se virando de um lado para o outro. Como se estivesse num navio. Enjoada, mareada. Apaixonada, mas triste.  Cercada de travesseiros fortes que a protegiam de pesadelos. Bem, pelo menos ela achava que protegiam. E Tiana gostava de achar.

Um dia apareceu o sapo Gazé. Na região, Gazé era conhecido como o terror das lagartixas. Ele gostava de beijá-las e se gabava com os amigos de fazê-las subir pelas paredes. Mal sabia Gazé que elas andavam sempre por ali, com outros sapos. Ou talvez ele até soubesse, mas escondia esse segredo tão bem que acabava se esquecendo da verdade. Gazé gostava de ser o centro das atenções. Essa era a grande verdade. Por isso, ele também não deixava escapar nenhuma sapa que estivesse ao seu alcance.

Mas ele também não conseguia dormir direito. Ficava aceso a cada nova conquista. Tão elétrico que dava choque em si mesmo. Antes de se deitar, tirava as lentes de contato como sempre. E quando se  olhava no espelho, não gostava do que via. É, não gostava, simplesmente porque ele não via nada. O espelho era um vazio de dar dó. Não refletia nenhuma imagem. Que coisa estranha! Ele se olhava, se olhava, se olhava, e não enxergava nada além de uma sombra gorda e misteriosa. Uma sombra que o assombrava.

Um dia, correndo no rastro de uma lagartixa, Gazé viu a tal fila que se formava na porta do castelo. E achou tudo aquilo muito esquisito. Um bando de principes esperando pela sua vez e tentando conquistar, para tentar conquistar uma princesa. Gazé gostava de desafios. Diziam que ninguém conseguia conquistá-la. Há pouco tempo, Tiana tinha terminado um namoro de anos, e mais uma vez estava decepcionada.

Já fazia um tempão que ela não recebia ninguém. A fila estava cada vez maior. Mas as portas do castelo continuavam trancadas. Os guardas avisavam a todos que o coração da Tiana estava fechado para reforma. Mesmo assim, ninguém saía da fila. De repente, a princesa podia mudar de ideia. Ninguém queria correr o risco. Deste modo, os príncipes acampavam em volta do castelo. Cansados e impacientes.

Gazé precisava bolar um jeito de entrar no castelo, sem ter que enfrentar aquela fila. Mas como? Se até os príncipes tinham que passar por isso, imagine ele, um sapo! Não deixariam nem que se aproximasse . Ele precisa ter uma ideia. Então, procurou seus velhos amigos feiticeiros. Pediu a eles que lhe dessem  a tal ideia para entrar no castelo e conquistar a princesa. Cada um deles deu sua opinião. Mas Gazé não escutou ninguém. Na verdade, ele já sabia que não ia escutar ninguém. Ele não procurou  seus amigos para encontrar uma ideia. Procurou os amigos para encontrar a calma.  A velha calma que o ajudava em suas conquistas. Afinal, apesar de ser uma princesa, Tiana seria apenas mais uma conquista.

Gazé pensou bem e viu o que precisava para de pensar. Desde menino, quer dizer, desde girino, aprendeu a fazer mágicas. Então, ele se disfarçou de amigo e entrou no castelo. Amigo de quem? Ora, amigo da princesa, é claro! Se era amigo, não precisa entrar na fila. Assim, ele chegou até Tiana e se tornou o seu confidente. Tinha de ser forte, para não estragar o disfarce. Se descobrissem, cortariam a sua cabeça.

Com a paciência de um monge, Gazé domou os seus impulsos de Don Juan suburbano e agiu como um homem de verdade. Maduro e escutador. Ele passava horas escutando o que Tiana lhe dizia. E de tanto escutar Tiana falar sobre a velha fome de magia, começou a ter a tal fome também. Mas por correr atrás de lagartixas, havia se esquecido dela.

Então, eles ficavam horas conversando. Estavam apaixonados. Mais do que isso. Estavam felizes, um ao lado do outro. E muitas vezes, a felicidade é mais irresistível  do que a paixão. Mesmo assim, Gazé estava com medo. O que a princesa faria quando descobrisse que ele era um sapo disfarçado de amigo? Precisava contar a ela a verdade. Sabia disso. Mas como? Achou melhor, então, não usar palavras para fazer aquela revelação. Foi quando ele se lembrou da frase que leu num livro. Gazé gostava de livros. Pelo prazer da leitura e para se tornar mais sedutor. A frase dizia assim:

“O BEIJO É UM TRUQUE DELICIOSO INVENTADO PELA NATUREZA
PARA INTERROMPER A FALA 
QUANDO AS PALAVRAS DEIXAM DE SER IMPORTANTES”.

No mesmo instante em que se lembrou dessa frase, Gazé aterrisou os olhos na boca de Tiana. Ela fez a mesma coisa. E eles se beijaram. Primeiro com os olhos. Depois com os lábios. Só que no meio do beijo, o disfarce de Gazé começou a se desmanchar. E Tiana ficou sabendo quem ele realmente era. Gazé teve medo. Não de cortarem a sua cabeça. A cabeça ele já tinha perdido há muito tempo por Tiana. Teve medo de que ela não o aceitasse do jeito que era. Afinal, princesas não se casam com sapos. E por mais que ela o beijasse com encanto, ele sabia que jamais iria virar um príncipe. Para Gazé, seria insuportável ter que viver e agir como um deles.

Foi quando Tiana começou a matar a sua fome de magia. Vendo-se nos olhos do sapo, a princesa percebeu também estava se transformando. E o verde daquela fome foi se tornando o verde da sua pele. Mal o beijo terminou e Tiana já era uma sapa.

A inquietude foi sumindo devagar, sem dizer adeus. E Tiana descobriu que seria mais feliz desse jeito. Ele sempre teve alma de sapa. Por sua vez, Gazé passou a olhar no espelho e enxergar, finalmente, os traços daquela sombra gorda. Era só a sombra de dois namorados, tão juntos que pareciam um só.

Naquela noite, o amor coaxou mais alto do céu. E continua coaxando até hoje, num brejo disfarçado  de castelo, em Copacabana."

Até a próxima!
Elaine Cunha





Imagem: google.com

quarta-feira, junho 8

Vamos à prática?

Junho.  Entramos oficialmente no meio do ano. Mês de referências para mim: festas juninas que  tanto curto, meu aniversário, férias quase chegando... E agora, últimos encontros do curso da Biblioteca Hans. Tá acabando, gente!

A primeira aula do mês de junho foi muito especial. Como programação téorica já acabou , entramos nas aulas mais práticas. E tivemos a honra de ter a contadora de histórias Kelly Orasi para um bate-papo sobre expressão corporal e voz. A Kelly sempre me fascina com seu sorriso solto. Sua alegria me contagia.

Começando nosso sábado, fomos presenteados com a história do “Fofinho”. Um pintinho que acabara de nascer e não sabia quem ele era.  Nesta busca por sua identidade, no seu caminho ele encontra um pato, cachorro e balde. 


Vendo a narrativa da Kelly é possível perceber as nuances de seu movimento. Ela muda rapidamente entre os personagens, seja pela voz e postura corporal. Ela brinca com sotaques e dá vida aos personagens. E fica tudo muito leve! E o ideal, confortável para ela. Observa como ela vai e vem nos personagens. Observa o diálogo do pintinho e da galinha. Como ela trabalha maravilhosamente bem sua expressão corporal! E o ritmo da história? Eu estava lá no fundo do poço com o balde e o pintinho sentindo aquele frio todo. Eu viajei na história do “Fofinho”.  E o silêncio/pausa como parte integrante da história? Olha o suspense! Você consegue  ver isto no vídeo? 

Corpo é tudo! Postura é tudo. E seguimos nosso encontro com trabalho de percepção corporal. Até cantamos e dançamos. Quer ver?


Pelo nosso sorriso você imagina como nosso dia foi bom, hein?


Se você quiser mais do trabalho da Kelly Orasi, acessa o site “Trecos e Cacarecos” . Ela fará também "Folia de Boi",  nos dias 11, 18 e 25/06 às 16h30 na Praça de Eventos do SESC Vila Mariana. Entrada Franca. 

Ela estará também amanhã, quinta, no Quintal da Cultura, ao vivo. Se você não tem  a TV Cultura na sua programação aberta, acessa pela internet pelo endereço postado aqui.


Até a próxima!
Elaine Cunha

segunda-feira, junho 6

"Amor em Rabiscos"


Você gosta de animação? Eu curto bastante! E quando a história é de amor? Melhor ainda!

Vi esta animação no perfil da minha amiga  Lênia Luz via Facebook. É uma animação que foi desenvolvida por Vinicius Nascimento e Ariane Garcia. É lindo casal de desenhos que vive um drama ao tentar ficar juntos. Que saber o final? Só assistir. 

Para você entrar no clima do mês dos namorados que está chegando. É no próximo domingo já!


"Amor em Rabiscos"



Ei, você ainda não sabe o que fazer no dia dos namorados?
Hum, vou te ajudar! Lidiane Vasconcelos, minha amiga e blogueira do Bicha Fêmea, fez um post com várias dicas de o que fazer no dia dos namorados? Quer ver? Acessa aqui. Minha dica está lá também!


Até a próxima!
Elaine Cunha

quinta-feira, junho 2

Chegadas e Partidas



“Aeroporto de Guarulhos , São Paulo. O  maior movimento de vôos do país. Milhares de pessoas vem  e vão todos os dias. Gente que espera, com o coração na mão, pela pessoa que ama. Quando o coração já aguentou o que podia, cada segundo parece uma eternidade. Gente que se despede e quer esticar o último abraço pra sempre. Gente que  sofre muito com a despedida. Eu? Continuo aqui. Entre o embarque e o desembarque. Cada vez mais contagiada por estas  histórias de vida.”
Foi assim que Astrid Fontenelle começou mais um “Chegadas e Partidas”, no GNT.  Ela fica passeando pelo saguão do aeroporto e “encosta” em alguém.  É exatamente neste momento da espera e na despedida que ela registra histórias belíssimas. É quando você percebe que o "esperar" e o  "despedir-se" é uma tarefa difícil. Dois verbos, duas ações. Vários sentimentos inclusos.

Eu me recordei de alguns momentos de minha vida. Feito um filminho mesmo! Das idas e vindas ao aeroporto. Das chegadas tão esperadas de pessoas importantes, nas partidas sempre tão dolorosas...

Fiquei me lembrando que “chegar” é sempre uma festa. Minha família sempre vai em peso ao aeroporto. Alegria do reencontro. Ficar espiando desde a saída do avião para ver se consegue ver alguém  já celebrando tua chegada. Ansiedade de pegar as malas e todos os apetrechos trazidos , para finalmente, correr pro abraço. Abraço apertado de “que bom que você esta aqui”. Abraço apertado de “teremos dias maravilhosos”. Abraço apertado de “diz mulher feia”. Abraço apertado de “filha, você fez boa viagem?”. São tantos abraços apertados que ganhamos, hein?

Você nem acreditaria que meus pais trouxeram para mim. Na bagagem, lá estava uma fruta conhecidíssima no Nordeste, que é minha paixão.Pitomba! Você conhece? Aqui em São Paulo achei-a apenas uma única vez. Mas para quem quiser experimentar, o gosto da lichia lembra bem a minha paixão.

Mas e o “partir”? Tem tarefa mais complicada do que esta? Nunca estamos preparados para dizer  adeus. Mesmo que este adeus seja um até logo. Eu me recordo da primeira partida dos meus pais. Vieram de férias a minha nova cidade que hoje é meu lar. Depois de dias maravilhosos, “estava na hora de dizer tchau” (bem estilo Teletubies mesmo!) Eu me recordo que chorei compulsivamente do aeroporto até mais perto de minha casa. E o marido, tentando em vão, me animar. Não adiantava dizer que foi bom, que foi divertido, que estaríamos juntos novamente em breve, muito breve. Nada adiantava. Aquela era uma dor minha. A dor da despedida! Quem nunca passou por ela?

Por isso, é tão gostoso assistir ao programa. A cada história, eu sorrio junto, eu choro junto.  Eu sinto tudo. Soi muito intensa. Sabe por quê? Porque eu vivo nestas “chegadas e partidas”. Sempre esperando o dia de ir aeroporto (re)encontrar pessoas amadas.

Ah, não posso esquecer. Lembra a citação que coloquei da Astrid lá no início?  Foi abertura do episódio onde a mãe, aos 48anos de idade, está embarcando para França para estudar gastronomia. Deixando aqui as filhas e marido por seis meses. Na mala, muita energia, lembranças e o amor que dará força para acordar e fazer o melhor todos os dias, aposto contigo!  Sabe o que aconteceu comigo? Fiquei precisando de abraço!


Se você quiser, veja também. O “Chegadas e Partidas” tem vários horários alternativos . Se você não tiver tv a cabo, não tem problema. Vai no Youtube, pesquisa pelo nome do programa que você terá alguns vídeos.
Veja, sinta e se emocione. Faz bem!  E depois volta aqui para me contar, ok? Tá combinado?

Até a próxima!
Elaine Cunha



Imagem: site do GNT

quarta-feira, junho 1

O Papel das Histórias!


Virei  fã. Sabe de quem? Do "Quintal da Cultura"! Programa inteligente para os pequenos e para os grandões, feito eu.  Tem uma atração que eu curto demais. É o “Papel das Histórias.  Conhece?  Não?  Veja aqui uma história!  

O Rato do campo e o Rato da cidade

Criado pelo Sergio Esteves , "O Papel das Histórias” traz sempre uma fábula de La Fontaine.  Você lembra que eu te falei já aqui que as fábulas eram originalmente em versos, hein? Mas contar histórias em versos na tv acho que não ficaria legal. 

 
Acredito que pensando nisso,  "O Papel das Histórias” tem em sua história em forma de  narrativa. O narrador é um  velhinho. Ele é o o contador de histórias! Narra uma fábula de maneira bem natural. As fábulas são ilustradas com personagens de papel cartão! O trabalho é lindo e muito delicado! Quem dá a voz ao personagem do velhinho é o Alfredo Alves. Que voz de locutor ele tem, hein?  Observem que melodia vocal faz muita diferença na história!
Sabia que esta atração esta concorrendo  na quinta edição do Festival Prix Jeunesse Iberoamericano? Este festival premia produções audiovisuais, digitais e interativas de qualidade produzidas na América Latina!
Que orgulho para nós brasileiros que temos a chance de ter trabalho de qualidade!

Quer conhecer o processo criativo deste programa?  Veja  o making off. Vale a pena!

Ah, para  assistir “O Papel das Histórias”, basta acessar a Tv Cultura, veja o Quintal da Cultura. Sua tv não tem o referido canal? Não tem problema! Descobri recentemente que o "Quintal" é retransmitido pela internet pela Tv Paraná. Esta atração normalmente passa por volta das 15h30-16h, logo depois do Palavra Cantanda. Fica a dica!

Até a próxima!
Elaine Cunha


Imagem: google.com