sábado, setembro 30

Quinta-feira é dia de Histórias!

Qual o seu dia preferido da semana? Tem dia para todos os gostos e atividades. Outros preferem algum dia aleatório porque certamente tem relação direta com ele. Aqui em casa, tem o dia tão esperado da natação, o dia em que se pode brincar no tablet. Temos até o dia para a bala. 😜

Para o time do escritório, sexta é O dia, não é? Tem até a frase que mais vejo o "estado de espírito" desta turma. É um tal de "Sextou!" só para lembrar que já é hora de se divertir! 

E o Snoppy define bem os dias da semana para aqueles que esperam ansiosamente pelo final de semana, não é? Eu me divirto! Que mau-humor na segunda! Tá igual ao Garfield. 


É... Adoro o final de semana. Mas eu também adoro as quintas-feiras! Sabe o porquê? 

Quinta-feira é dia de Histórias!! 
Uhu!

Quem não gosta de ouvir histórias, não é? Foi pensando nisto que eu gravo uma história curta para se ouvir com a família, com as crianças, com as tias, com os primos... Todo mundo junto e misturado! 

Lá no Canal do Caminhando e Contando no Youtube, tem histórias já deste projeto "Quinta é dia de Histórias". E também verá outras pérolas com amigos contadores de histórias também. 

Corre lá! Assiste! E se você gostar, assina o canal. Assim, na próxima quinta-feira, você será avisado que tem história nova no ar! 

Tá combinado nosso próximo encontro? Na próxima quinta-feira, tá? 

Até a próxima!
Elaine Cunha

segunda-feira, setembro 25

Caminhando e Contando


"Nenhuma história existe isoladamente. 
As histórias, às vezes, se justapõem como
azulejos numa parede. 
Às vezes se superpõem uma às outras 
como pedras no leito de um rio" 


Foi assim que terminei meu último post de 2016 aqui no Caminhando e Contando. Encerrando um ciclo... 

E como nenhuma história existe isoladamente, a vida segue seu caminho normal. Seu fluxo. E como um rio, segue alguns trajetos que nem sempre esperamos... 

E Contadora de Histórias que é Mãe... E quem tem filho que ama ouvir histórias... 

Continuei a contar história para meu filho e amigos. Contar histórias é como meu respirar. São elas que me permitem reverberar sentimentos, anseios, desejos, autoconhecimento... É chegar lá no fundinho do meu EU. 

Continuei a escolher títulos para o pequeno e fazer da leitura momentos de pura conexão. A frase: "- Mamãe, conta uma história?" me acompanha desde que Pedro consegue externalizar através de sua fala que quer ouvir histórias. Ele as ouve desde que ainda estava na barriga e nunca mais parou de ouvi-las. 

Pedro não me deixar contar histórias sem o livro. Arrisco dizer que 80% das histórias narradas aqui em casa são narrações dos livros que temos. Todas as noites temos nossa rotina noturna composta de "1 história + 1 música preferida + abraço especial" bem ao estilo do "Poderoso Chefinho". E é exatamente nesta leitura que tenho a oportunidade da permissão desconstruída para melhor construção da história. Eu leio. Eu releio. Eu coloco sempre muito sons, vozes, entonações. Aparo as arestas e sigo ajustando a melhor marcação, melhor entonação na voz para cada personagem e o momento vivido na história. 

E neste "treino", meu "treinador" é exigente, sabe? Quando eu marco algum ponto na história que ele não entende, eu refaço esta marcação. Sentimento como se eu estivesse numa "live" todas as noites para o mesmo público. Público este, muito exigente - porque ama as novidades - e também muito amado - já que ganho os aplausos em forma de abraços e beijinhos que fortalecem ainda mais nossa relação. Tenho certeza que estou criando boas recordações ao filho. Fazendo nossa hora de dormir, uma verdadeira "Colcha de Retalhos" de pura afetividade. 

Contei sem apoio do livro uma história para ele que se chama "A galinha que criava um ratinho" para ele. Deitadinhos, juntinhos na cama, eu e ele. A cada traquinagem da raposa, ouvia-se de longe as risadas. E quando a galinha começou a dar as ordens, ele ficou sério ouvindo as regras. Ele ficou ali, agarradinho e me olhando... Sabe, tive a sensação real de que o que eu estava narrando, ele estava criando na mente dele.  E nada é mais gratificante que perceber no olhar do filho que ele criou o cenário da história que ele acabara de ouvir...

Isto não é mágica. É narrar com sentimento, narrar com sua verdade. E como eu consigo isto? Sigo passos. Quando eu começo a leitura de uma história, eu a leio procurando identificar onde ela própria pede uma marcação. Ai começa meu processo de descobrir a história, o processo de construção dos cenários na minha mente para que eu possa criá-los nas mentes de quem me ouve. 

Quando eu estava estudando a história "Os Pássaros", eu fui buscar conhecer a Saíra-de-7-cores já que não a conhecia por este nome. Ela é linda! É umas das aves que mais me chama atenção em loja de grande porte de cuidados de animais em São Paulo. Esta loja tem um viveiro enorme. E a saíra está lá. Quantas vezes, eu já não parei na frente dela e fiquei apenas observando-a, admirando-a... Se eu crio em mim, em minha mente a imagem do que estou lendo/narrando, fica muito  mais fácil eu criar também  em quem me ouve. 

Certa vez, perguntaram-me o porquê de eu ter parado de escrever aqui no blog já que eu continuava com as histórias. Sabe que até hoje eu não sei explicar? Acho que tinha algumas pedras no leito do meu rio... Mas a água, como fonte de purificação, as levou...  Estou eu cá de novo! 

De alma lavada! De peito aberto! Em nova cidade! E com muitos projetos em andamento. Tô contando histórias toda quinta-feira! Ah, mais isto é um papo para um próximo encontro aqui, ok?

Tá combinado? Eu volto aqui. E também espero que você também! 
Jura juradinho? 

É tão bom está de volta! 

Até a próxima! 
Elaine Cunha