sábado, novembro 2

Li e Indico: Os dois lados do rio

Acordei pensando numa indicação de livro especial para dia de hoje. Dia de Finados.

Como falar com a criança sobre uma etapa natural da vida que é a morte? Sabemos que todos "Nascem, crescem, reproduzem e morrem", não é? Mas na hora H que, como lidar com este misto de sentimentos?  Então, por que não contarmos histórias como fonte de inspiração para conversas? As histórias podem ser usadas como fonte de transformação. Eu uso. E confesso que os resultados destas experiências são maravilhosos. Sempre!

O livro "Os dois lados do rio" do Roberto Carvalho da Editora Aliança é daqueles que fala poeticamente sobre este processo natural.

O personagem principal é o macaquinho Ranulfo que vive na floresta, próximo às margens de um rio imenso. Sua avó conta a ele que há coisas maravilhosas do outro lado do rio, mas que é necessário esperar o tempo certo para atravessá-lo. E quando chegar o momento do Ranulfo fazer a travessia, ele terá muitas surpresas reservadas para ele.

Quando eu mostrei o livro ao filho, logo ficou curioso somente em ver a capa. As ilustrações são lindíssimas. Eu disse que parecia ser o momento em que ele – macaco – estava contemplando a margem do rio.

A curiosidade do macaco em saber como é o mundo do outro lado e a leveza da sua avó em falar que também há vida no outro lado é poética. Que a travessia acontecerá, mas não sabemos quando, apenas o Criador. E ao revelar alguns ensinamentos de vida do outro lado da margem, de como podemos aproveitar a vida na margem que estamos agora, a avó mostra a importância dos valores de vida, do que é realmente importante para se viver bem nas margens dos rios.

A avó faz a travessia para outra margem. É meste momento em que Ranulfo relembra os seus ensinamentos. Apesar da tristeza pela ausência, pois não se despediu dela, ele percebeu que a avó levou com ela todo o amor que ele a dedicava. Tempo passa. Ele cresce e repassa os ensinamentos aos seus filhos. Até que... é chegada a hora dele atravessar o rio e reencontrar a avó.

Sabe, morte não é o fim. É apenas um "até breve". É como atravessar a margem do rio!

Vamos conversar sobre isto?

Até a próxima!

Elaine Cunha

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Abraços!
Elaine Cunha