Ah, como é bom!

Ah, como é bom (re)começar!

Desde que descobri a minha gravidez, eu desacelerei em algumas atividades. E minhas visitas do hospital foram suspensas. Pedi meu afastamento do trabalho voluntário no hospital. Foi por excesso de zelo mesmo. E não por outro motivo. Até porque, ao iniciarmos nosso trabalho no hospital, é necessário atualização de todas as vacinas possíveis e imagináveis para nossa segurança; como também para segurança das crianças. 

Digo para você que foi um dos emails mais difíceis que escrevi. Porque, quem me conhece pessoalmente e mesmo você, que me acompanha aqui no Caminhando, sabe da minha paixão por esta ação. Foram longos 4 meses de ausência! E que ausência! Para mim, pareceu uma eternidade. Parece que faltou um pedaço de mim.

É este sentimento de ausência, de falta tão bem costurado e descrito numa conversa com minha amiga poetisa Rúbia Cristina hoje pela manhã. Ela escreveu assim:

"- Que sentimento de falta é este, parece que falta um pedaço de você?
-Chamem do que quiserem...saudosismo,romance.

..
Na verdade isto é "falta da gente mesmo'...do que a gente é quando faz as coisas que gosta...

 

E mais do que nos tornamos quando estamos com quem amamos...
Do mundo que vemos através dos olhos..uns dos outros...".

Pois é... E quanta falta me fez!

Passado todo o primeiro trimestre. E levando com ele seu famoso mal-estar, meu coração se aqueceu com a minha volta para o hospital. E, finalmente, isto aconteceu ontem. E foi tudo com muita preparação. Preparação física e emocional. 

Lavar e passar o avental para ficar impecável. Escolher os livros, limpá-los e finalmente, colocá-los na minha bolsa mágica. Lidar com o sentimento de visitar o hospital, fazer o que gosto, mas antes de tudo, não colocar meu filho Pedro Ivan em risco. Cuidados são necessários sim. Afinal, hospital não deixa de ser um local entrada e saída de doenças! 

É.. com coração aquecido e tudo pronto... Lá fui eu!

"Eu vou

Eu vou

Contar histórias agora eu vou!

Para-tibum

Para-tibum

Eu vou, eu vou, eu vou"

Foi assim mesmo que começou meu feriado. Nem liguei para a chuva que caia. Porque dentro de mim, eu estava completamente como o arco-íris: colorida e feliz!

Aí está o quinteto mágico e encantado a entrar nos quartos e levar o que mais gostamos: histórias e aconchego numa quinta-feira chuvosa. 

Como é bom sentir-se renovada e com a certeza que é isto que desejo fazer para sempre! ;) 

Eu adorei a minha manhã. Tenho certeza que o Pedro também. Ele pulou demais!

Até a próxima visita, pequenos!

Elaine Cunha