quarta-feira, março 30

Doces lembranças

Sabe aquelas coisas que só de ouvir tem o poder de trazer à tona as lembranças que estavam escondidinhas lá no fundo da memória?
 
Pensando no que poderia fazer um revival em minha mente... vaguei... Andei tanto.. pensei em cheiros, uma voz, uma música... Cada lembrança que tive foi uma verdadeira viagem ao túnel do tempo! Parecia que eu estava vendo aquele famoso arquivo que acredito, você o tenha recebido também: Infância dos anos 80!

Lembrei de tanta coisa... Confesso que minha primeira lembrança doce foi de minha avó materna. Posso te garantir, crescer com vó é uma delícia. Na época de férias escolares, eu queria ficar na casa da minha avó à todo custo. Parecia que eu não ficava com ela durante o dia e voltava para casa apenas a noite. O divertido era dormir lá. Era acordar e vê-la. Lembro que meu pai sempre ficava dizendo para eu voltar para a casa a noite, "porque tem que dormir na sua casa". E, daí surgem os acordos... Um dos meus favoritos era assim: "Mãe, deixa eu ficar aqui. Quando Painho estiver chegando, a senhora liga e eu volto correndo". E voltava correndo mesmo. Minha avó e eu moravámos no mesmo bairro. Distância de apenas duas únicas ruas!

Continuando a divagar sobre minha infância, sabe aquelas festas da escola? Dia das Mães, Carnaval, São João, abertura de jogos? Lá estava minha mãe em todas, toda orgulhosa dos filhotes que estavam participando. Prestígio de mãe é bom demais!

Lembrei, também, de todas as vezes que saíamos para almoçar aos domingos, uma cena que sempre se repetia: meu pai sujava a camisa com refrigerante ou com a comida. No único dia que ele não se sujou, meu irmão fez a arte por ele.

Mas o que tudo isto tem haver com Contar Histórias? Esta é minha história, marcada com sonhos da infância, adolescência, cheiros, brincadeiras, brinquedos, muita traquinagem recheada de amor e, às vezes, bronca também. Cada pessoa tem a sua história, suas lembranças.

É esta Memória Afetiva que trazemos no nosso EU que forma nosso primeiro repertório. Criamos nossa história e ao lembrarmos dela, já estamos contando história. Havia pensando nisso?

Desde que entrei neste mundo maravilhoso da contação de histórias, eu tenho alimentado ainda mais minhas lembranças. Quando entrei na biblioteca Hans, deparei-me com estantes repletas de livros. Passando os olhos nos livros, um me chamou atenção. Canto esquerdo da primeira fileira superior, capa verde, maior que a prateleira. Parecia que sorria para mim. Era o livro "O Pote Vazio" do Demi. Este livro é marcante na minha caminhada de contadora de história. Posso afirmar que é um dos meus livros favoritos. Todas as vezes que eu o vejo, relembro minha trajetória, minha busca para fazer o melhor. (Acesse aqui e veja mais sobre esta experiência.)
 
Ouvi a seguinte frase resumindo a importância das nossas emoções: "Viveu, sonhou, pensou e lembrou: tornou-se sua memória afetiva, tornou parte de você. Tornou-se História!" Preciso sempre olhar para meu EU e ver o Contador de Histórias que mora dentro de mim. Não posso esquecer! Nunca!




E você, já pensou na sua história

Até a próxima!
Elaine Cunha

Um comentário:

  1. Laine,
    Suas "Doces Lembranças" fizeram-me voltar no tempo e agradecer a Deus por elas, que também são minhas, pela oportunidade de compartilhá-las.
    Espero que continues a resgatar sua Memória Afetiva para a doce construção de sua HISTÓRIA em benefício das crianças que, certamente, irão ouvi-las. Que Deus te abençoe sempre.
    Beijos saudosos

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Elaine Cunha