terça-feira, março 18

E este cabelos tão lindos?


Doação: ato de dar um bem próprio a outra pessoa. E o que normalmente separamos para doar? Acho que se fizéssemos uma enquete poderíamos ter como respostas: roupas, móveis, comida. É ou não é? Pensamos sempre no material, em primeiro lugar. No palpável!

Tudo bem que eu já vi gente doando coisas mais estranhas possíveis. Mas nestes últimos dias, tenho visto uma movimentação bem diferente. Veja só!
 
Primeiro foi um vídeo no site da Uol. Uma menina, a Emily,  que cortou os seus cabelos para doar para as crianças. Originalmente, a ideia partiu dos pais da menina. Vídeo está todo em inglês. Porém, emoção é sentida mesmo se você não entender uma palavra sequer que é dita. A alegria dela fechando o envelope é única.

Veja aqui:



Logo depois eu vi no globo.com uma reportagem de Trote Solidário de uma caloura da UFSCar. A Calíope raspou a cabeça e doou os cabelos! Veja a reportagem na íntegra aqui.

Cliquei, li, emocionei-me e chorei. Confesso. E fiquei me perguntando: "O que faz alguém realizar ações desta forma para pessoas que não conhecem?
Só posso pensar em AMOR. Amor que vem do querer fazer o bem. Amor que vem do Pai Celeste. Amor! Assim, simples, puro e singelo. 

Eu vivenciei no hospital uma das experiências mais significativas para mim. Exemplo de força e luta de uma linda mocinha. Por isso, quando eu li as duas reportagens, lembrei-me, imediatamente, dela. De uma pré-adolescente que, carinhosamente chamei-a de "Mocinha das flores de pelúcias". Eu a vi perder os cabelos. E de como foi impactante para mim! Escrevi aqui sobre este momento. Dei-me conta que a perda dos cabelos não mexe apenas com a pessoa que está ali, naquele momento, lutando diante de uma doença. É um sentimento avassalador em todos ao seu redor!

Assim, ainda chorando, pensei na mocinha, pensei na Emily, pensei na Calíope, pensei em tantas pessoas que se doam para fazer o bem... Fechei meus olhos e orei. Agradeci ao Pai por tantos anjos na terra. Pelo dom da vida destas meninas inspiradoras. Orei pela Mocinha. (Tenho certeza que ela está bem onde ela estiver!!!) E por fim, pedi muita paz e luz àqueles que estão diariamente no ambiente hospitalar, àqueles que fazem a vida seguir com mais tranquilidade e alegria. 

Sabe, cada um dá o seu melhor. Assim, penso eu sobre o ato de doar. Seja algo material, seja um trabalho, costura, pintura, comidinha gostosa, companhia... Sei lá! Não importa o que seja! O que fará diferença é o sentimento envolvido na ação em si. O amor!

Eu curto contar histórias. E sei que naquele momento é uma entrega total minha para quem recebe a história. Como é bom DAR COR À VIDA! Senti, mais do que nunca saudade da minha rotina de contar histórias no hospital. "Em breve, Elaine. Muito em breve, você estará lá novamente."  Eis o meu mantra!

Até a próxima!
Elaine Cunha

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Abraços!
Elaine Cunha