sexta-feira, outubro 28

VII Festival da Arte de Contar Histórias

- Oi, Giba! Tudo bem?
- Oi, Elaine. Que bom que você chegou! Você vai contar história hoje?
- Vou sim.
- Você vai contar Dona Baratinha?

Pois é, eu ando curtindo muito esta fase da "Dona Baratinha". Como disse minha amiga Dora: "Esta história é a sua , Elaine". Eu tô achando que sim!

A cada lugar que vou e me pedem ela, tenho a certeza que a história muda algo em mim.  Não sei te explicar... só sei que é assim!

Bom, mas deixa eu  te contar como foi o meu  sábado, não é?

Tudo começou na Livaria da Vila. Fui ao lançamento do livro "Ops" da Marilda Castanha. Lá teve uma oficina gratuita no primeiro workshop de leitura para bebês realizado pela editora Cosac Naify em parceria com a revista Crescer. As especialistas Flávia Miranda (Escola Carlitos) e Romina Boemer (contadora de histórias) falaram sobre a importância e as técnicas de leitura para crianças na primeira infância. Ainda teve brincadeiras e possibilidades de leitura do livro. E de quebra, sessão de autográfo com a Marilda.



Fechando o sábado repleto de histórias, fui ao VII Festival da Arte de Contar Histórias na Biblioteca Hans Christian Andersen. Esta biblioteca é meu xodó! Era o último dia do festival. A tarde começou com Giba Pedroza na narrativa "O rei do Era uma vez" que mais uma vez, seduz o público presente com suas histórias. Eu adoro o "Soldadinho de Chumbo". Aquela música especialmente produzida para esta história ficou linda. Quer ouvir esta história? Clica aqui.

Em seguida, ocorreu um bate-papo, mediado pelo Giba, com Luiz Valcazaras, Alberto Ikeda e Giuliano Tierno com tema "Contar histórias: arte de quem?"

Da direita para esquerda: Prof Ikeda, Guiliano, Giba e Luiz

Sabe, pra mim não importa quem conta a história. Se é ator, contador, pai, mãe... não importa. Eu acredito que contar histórias é presentear alguém com o que gostamos. E quando o professor Ikeda falou que: "Contar histórias é repartir afeto", tive certeza do meu pensamento. Lógico que técnica é importante sim. Mas precisa ter algo amais do que saber onde por as mãos, saber usar a voz bem, usar corpo, silêncio... Lógico que quem vai ouvir uma história, percebe se o contador fez o seu trabalho de casa (estudo da história), mas precisa de "química", não é? 

Eu vejo como um encontro entre namorados. Ambos se preparam para aquele momento. Tudo é escolhido e tentamos ao máximo controlar o incontrolável. Ou vai dizer que você nunca se preocupou com os detalhes? Unhas lindas, cabelos impecáveis,lugar do encontro, roupa escolhida a dedo?  E as borboletas voando no estômago? Não? Ah tá, me engana! :)

Por que numa narrativa seria diferente? Lógico que não! E lógico também que esta preocupação nos detalhes é percebido por quem ouve a história. Você não saberá o processo individual de estudo, de preparação da história de cada contador... mas saberá e o melhor, conhecerá o resultado disto tudo ali na sua frente. No momento em que o contador entra, no momento que ele começa a falar...

Então, eu te pergunto: quem pode melhor contar histórias do que aquele que se propõe a fazer com amor? Aquele que se propõe a repartir afeto? Então, da próxima vez que seu filho, sobrinho, primo... qualquer pessoa te pedir para contar uma história, que tal fazer deste momento uma partilha? Você, querido leitor, também é contador de histórias! E dos bons!

E como comecei o meu post de hoje dizendo como fui recepcionada pelo querido Giba Pedroza, você já sabe que eu narrei "O Casamento da Dora Baratinha" no Festival! Com um pedido super, hiper, mega especial do Giba, eu não tive como negar! E olha, meu desafio era contar a história resumidinha. Então, por isso, não estranhe a falta de alguns bichos na janela da Dona Barata, tá? 

Puxa o banquinho, liga a caixinha, aperta o play!



Ah, no Festival tinha interpretes de Libras. Nancy, precisamos conversar sobre contar histórias em libras, viu?! E como boa aprendiz que sou, aprendi o sinal do "Era uma vez..." Já é um começo!

E numa notícia quentinha, tenho um novo mimo que ando brincando muito desde ontem. Minha viola! 


Sabe o que isto significa? Estudando a narrativa!  Tem história no forno! Você pensou em alguma? 

Em breve, ganhará vida por aí. Pode deixar que eu te conto aqui. 

Até a próxima!
Elaine Cunha

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Elaine Cunha